Quatro anos após a chegada do VAR na Copa do Mundo de 2018 na Rússia, os torcedores descobrirão no Catar uma grande novidade. trata-se do impedimento semiautomático, na qual se pretende acelerar o processo de análise, e tornar as decisões arbitrais mais confiáveis nas partidas.
Com um resultado positivo durante os “três anos de pesquisas” e testada na Copa Árabe no final de 2021 e também durante o Mundial de Clubes deste ano, a “tecnologia semiautomática de impedimento” (SAOT) foi validada e aprovada pelo órgão mundial no início de julho. A chegada desta nova ferramenta tecnológica é anunciada de forma mais discreta do que a da arbitragem de vídeo.
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A ideia, adaptada pela Uefa para a Liga dos Campeões, é ir além dos limites do olho humano, demasiado impreciso para estabelecer sempre a posição dos jogadores e da bola. Com isso, se pretende refinar ao máximo a linha que determina se houve ou não impedimento.
“Sabemos que, às vezes, o processo de verificação de um possível impedimento leva muito tempo, principalmente quando é determinado em poucos centímetros”, destacou no início de julho o italiano Pierluigi Collina, presidente do Comitê de Arbitragem da Fifa.
🚨 FIFA aprova uso de tecnologia de impedimento semi-automático para a Copa do Mundo de 2022.
Testes realizados em competições de base e no Mundial de Clubes foi considerado bem-sucedido.
Para entender como funciona, segue o 🧶 pic.twitter.com/fEjLJIhYBd
— Euro Fut | Futebol Europeu (@EuroFute) July 1, 2022
Na Copa, esse sistema usará doze câmeras localizadas na cobertura dos estádios e controlará “até 29 pontos de dados” por jogador, “50 vezes por segundo”, incluindo “as extremidades e membros pertinentes para a análise de situações de impedimento”. Já a ‘Al Rihla’, a bola oficial da Copa, terá um sensor e enviará dados “500 vezes por segundo” para a sala de visualização, iniciando então um processo de duas etapas.
Todos terão acesso ao vídeo na hora
Uma vez confirmado o impedimento, os mesmos dados posicionais serão traduzidos em uma animação 3D “detalhando a posição dos membros dos jogadores no momento em que a bola foi lançada”. Será transmitido “sob o melhor ângulo possível” nos telões do estádio e disponíveis para as emissoras.
Decisão final será do árbitro
Com a ajuda da inteligência artificial, um alerta será transmitido “em tempo real” aos árbitros de vídeo “toda vez que a bola for recebida por um atacante que esteja em posição de impedimento” no momento do passe. Eles devem então “verificar manualmente” esse alerta, que não deverá demorar mais do que alguns segundos, antes de informar ao árbitro principal, a quem cabe a decisão final.
Embora a tecnologia semiautomática de impedimento deva “permitir decisões mais rápidas e precisas”, promete Collina – árbitro da final da Copa do Mundo de 2002 -, “não é, no entanto, um impedimento robotizado”. A decisão final caberá sempre aos árbitros e árbitros assistentes no campo.