A Conmebol suspendeu nesta quinta-feira (17) Sebástian Avellino Vargas, preparador físico do Universitario, por dez jogos. O profissional uruguaio é acusado de ter feito gestos racistas para a torcida do Corinthians, na Neo Química Arena, em jogo da Sul-Americana, no dia 11 de julho.
A punição é válida para jogos das competições continentais e se baseia no artigo 15.1 do código disciplinar da entidade: “qualquer jogador ou oficial que insultar ou atentar contra a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, tendo como motivos a cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem, será suspenso por pelo menos dez (10) partidas ou por um período mínimo de quatro (4) meses”.
O episódio foi flagrado por torcedores do Corinthians durante o aquecimento dos jogadores do time peruano, nos minutos finais do segundo tempo. Vargas prestou depoimento à Polícia Civil de São Paulo após o jogo e negou ter praticado atos racistas.
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O uruguaio responde a dois crimes na Justiça: o de praticar ou incitar a discriminação ou preconceito de cor, raça ou etnia, com o agravante de ter sido num evento esportivo, com pena de até cinco anos de prisão; e o de promover tumulto ou incitar a violência, que prevê pena de até dois anos de prisão, esse último previsto na nova Lei Geral do Esporte.
No mês passado, a Justiça de São Paulo aceitou denúncia do Ministério Público de São Paulo. Com isso, o preparador físico se tornou réu. A decisão, contudo, deu liberdade provisória ao uruguaio, que passou nove dias em prisão preventiva.
Enquanto estava preso, Vargas recebeu apoio da diretoria, jogadores e torcedores do time peruano. O clube vai recorrer da punição e tem convicção que a punição será revertida.