Confira como seu time está no Ranking da CBF e outras classificações

Rankings, listas de melhores, Top-10 sempre causam polêmica.
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Publicado em 25/11/2021 às 14h44

Rankings, listas de melhores, Top-10 sempre causam polêmica. O ranking CBF, que a mandatária do futebol brasileiro utiliza como critérios para classificações à Copa do Brasil e à Série D, não é perfeito, mas reflete o momento recente das equipes brasileiras. Historicamente, já houve diversas tentativas de classificar os times brasileiros, mas a sobrevivente é o que a CBF chama de Ranking Nacional de Clubes (RNC). Vamos conferir como ele funciona e quem está na ponta.

Último Ranking da CBF – 1º de março de 2021

Depois do encerramento do Brasileirão de 2020 em 25 de fevereiro de 2021, a CBF atualizou seu ranking e, pela primeira vez desde a implantação desta classificação, o Flamengo apareceu em primeiro lugar. Nos três anos anteriores, a liderança era do Palmeiras.
A Confederação Brasileira de Futebol considera os desempenhos dos clubes nos últimos cinco anos nas competições organizadas pela entidade, que são o Brasileirão de A a D e a Copa do Brasil. As pontuações dos times servem para outro ranking, o das federações. Quanto melhor uma federação estiver, mais times do estado conseguem vagas na Copa do Brasil e na Série D.

Ranking CBF de Clubes

Equipe Ranking 2021 (2020) Pontos
Flamengo 1º (2º) 16.768
Palmeiras 2º (1º) 16.710
Grêmio 3º (3º) 15.560
Internacional 4º (9º) 13.310
Athletico-PR 5º (6º) 12.968
Santos 6º (5º) 12.776
Corinthians 7º (8º) 12.032
São Paulo 8º (11º) 11.870
Atlético-MG 9 (7º) 11.789
Cruzeiro 10º (4º) 11.768

Como funciona o ranking CBF?

Como já falamos, o ranking leva em conta os últimos 5 anos de cada clube, num sistema similar ao utilizado pela UEFA. Vamos apresentar o quanto valem cada competição e as colocações dos times em cada uma delas. Um ponto interessante é que, quanto mais recente a competição, maior o peso dela.

Pontos pelo Campeonato Brasileiro

Colocação Série A Série B Série C Série D
Campeão 800 pontos 400 pontos 200 pontos 100 pontos
Vice-campeão 640 (80% dos pontos do campeão) 320 160 80
3º lugar 600 (75% dos pontos do campeão) 300 150 75
4º lugar 560 (70% dos pontos do campeão) 280 140 70

A partir do 5º colocado, o percentual cai 1% em relação à posição superior.

Como a Copa do Brasil é disputada no sistema eliminatório, a pontuação corresponde à fase que o time alcançou na competição. Assim, o campeão recebe 600 pontos, o vice-campeão 480, os semifinalistas 450. Os clubes que completam o top-8 somam 400 pontos e eliminados nas oitavas ganham 200 pontos para o ranking.

Para completar o ranking, quem cai na 4ª fase recebe 100 pontos, desclassificados na 3ª fase ganham 50, na 2ª recebem 25 e as equipes que participam e ficam logo na fase inicial da Copa do

Brasil ganham 15 pontos.

As competições do último ano do ranking têm peso 5, do período anterior, 4, e assim por diante, até o quinto ano passado, que têm peso 1.

Outros sistemas de classificação e seus problemas

Já houve outras formas de apontar o melhor time de futebol do Brasil em um determinado ano ou de um período. E, como todo ranking, com boas ideias, boas intenções e muitos problemas.

Ranking CBF (até 2012)

  • Antes do ranking atual da CBF, ela adotava um sistema bem mais simples… e problemático. A ideia, que inicialmente não parece ruim à primeira vista, consistia apenas em somar os pontos conquistados pelos times no Brasileirão.
  • Alguns problemas desta classificação:
  • O ranking não levava em conta o diferente número de partidas dos campeões de anos diferentes (as fórmulas de disputa mudavam drasticamente de um ano para outro), o que causava distorções. Por exemplo, o Vasco vice-campeão em 1979 disputou 14 jogos. O Palmeiras, semifinalista daquele ano, jogou apenas 5 vezes, pois entrou apenas na 3ª fase da competição.
  • Apenas o Campeonato Brasileiro era levado em conta.
  • As mudanças de pontuação na história do futebol (vitórias passaram a valer 3 pontos em 1995 aqui no Brasil) e na própria competição. Entre 1975 e 1978, vitórias por 2 ou mais gols davam ponto extra ao vencedor.
  • Quando a CBF passou a considerar torneios antigos como Brasileirões, a distorção aumentou ainda mais. Por exemplo, o Bahia de 1959, primeiro campeão da Taça Brasil (que a CBF considera o primeiro Brasileirão), jogou 14 vezes. O vice, Santos, entrou entrou em campo apenas 5 vezes.

Este ranking é ainda atualizado informalmente, e nele o São Paulo é soberano. O tricolor lidera a classificação desde 2006, somando, até o fim do Brasileirão de 2020, 2163 pontos. O Internacional vem em seguida, com 2045 pontos, 13 à frente do Flamengo. Fechando o Top 4 aparece o Corinthians, com 2009 pontos.

Ranking Placar

Principal revista esportiva durante décadas no Brasil, a Placar ainda manteve seu ranking na ativa até recentemente. Ele levava em conta todos os torneios que equipes brasileiras podiam jogar, desde o Mundial de Clubes até a Segundona Acreana.

Os problemas com ele estão na arbitrariedade de valorizar torneios em detrimento a outros e ao classificar torneios antigos com dimensões maiores e na quantidade de pontos atribuída às competições.

Ainda assim, na pontuação atualizada em 2021, o Flamengo aparecia em primeiro, o Corinthians em segundo e o Palmeiras em terceiro lugar.

Ranking Folha

Elaborado com critérios similares ao Ranking Placar, mas menos abrangente, a classificação que a Folha de S. Paulo faz anualmente só considera clubes com títulos ou vices em torneios de relevância nacional ou internacional. Por isso, o ranking até hoje possui apenas 36 times.

Novamente, o Flamengo aparece na liderança, mas aqui seguido por Palmeiras, São Paulo e Corinthians.

De todos os rankings apresentados, o único que tem função além de o torcedor poder dizer que seu time está em primeiro, é o da CBF, que garante vagas para os times que não se classificam por critérios técnicos à Copa do Brasil e Série D. É interessante observar que, apesar dos diferentes critérios, os primeiros lugares não variam muito de um ranking para o outro.

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