Companheiro de Santos e Seleção Brasileira fala sobre Pelé: “As pessoas beijavam o chão que ele tinha pisado”

Clodoaldo é tricampeão do Mundo, em 1970, ao lado do Rei
Publicado em 30/12/2022 às 23h22

O ex-jogador Clodoaldo, companheiro de Santos e Seleção Brasileira, além de amigo pessoal, falou sobre sua vida ao lado do craque e toda sua admiração ao Rei do futebol. Juntos, foram campeões da Copa do Mundo de 1970 além de conviverem por oito anos (1965 – 1974) na equipe da baixada santista.

Clodoaldo falou sobre a idolatria ao Rei do futebol e contou que fãs chegavam a beijar o chão onde Pelé havia pisado. O ex-jogador morou na Vila Belmiro, ainda quando era da base santista e relembrou a primeira vez que viu, e falou, com Pelé:

“A gente estava sabendo da situação, se preparando, mas quando acontece, você vê que não estava preparado. É uma coisa que você só sente na hora. Ele era diferente, enquanto nós somos simples mortais, ele parecia uma coisa de outro mundo. A gente ia jogar fora do Brasil, as pessoas se amontoavam para ver ele, tocar nele. Quando não conseguiam, as pessoas beijavam o chão que ele tinha pisado. São coisas muito fortes. Pelé era um ser humano maravilhoso. Eu morava na Vila Belmiro, estava na base ainda quando o Pelé já era profissional. No refeitório, tinha uma regra que os juniores só podiam comer depois da saída dos profissionais. Aí um dia eu estava com fome, fui para o refeitório e me deparei com o Pelé. Tinha 15 anos, minhas pernas tremiam. Aí ele falou comigo e me deu uma maçã. Eu tinha que ter embalsamado aquela maçã. Foi o primeiro contato que eu tive com ele”.

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Clodoaldo também é a favor da aposentadoria da camisa 10 do Santos. A diretoria do clube, junto a família de Pelé, já fizeram o pedido formal para que o Conselho da equipe aprove a homenagem e retire de campo, o número eternizado pelo Rei do futebol:

“Essa questão da camisa 10 que estão debatendo agora é uma coisa que eu já estava pedindo há muito tempo. Não é simplesmente aposentar a camisa e acabou. Isso é muito pouco para o tamanho dele. Tem que fazer um projeto, junto à CBF, fazer uma camisa 10 de ouro, com uma coroa. Uma camisa do número de gols dele bordada a ouro. Tem que se desenvolver isso à altura do Pelé. Eu não tenho capacidade para fazer isso, só tenho as ideias”.

 

Olá, eu sou Robert Ferreira, 28 anos e apaixonado por futebol. Nas redações do esporte desde 2021, tenho passagens pelo "Futebol na Veia", "Premier League Brasil" e...