Como Neymar vai atuar na seleção brasileira de Fernando Diniz?

Técnico pode colocar craque como meia, centroavante ou ponta-esquerda, mas tendência é utilizá-lo na faixa central, como na Era Tite; veja números do camisa 10 em cada posição
Publicado em 06/09/2023 às 19h39

Uma nova caminhada em busca de um velho sonho. É assim que Neymar encara o início das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. Aos 31 anos, o craque quer disputar o quarto Mundial da carreira e, consequentemente, conquistar o primeiro título. Embora seja nome certo no ciclo, o camisa 10 ainda não sabe como será utilizado por Fernando Diniz e, a partir de meados de 2024, por Carlo Ancelotti.

Neymar jogará como meia, centroavante ou ponta-esquerda? A resposta cabe a Diniz, que ainda comanda dois treinos antes da partida contra a Bolívia, na sexta-feira (8), às 21h45 (de Brasília), no Mangueirão, em Belém. Enquanto o técnico ainda estuda a melhor forma de utilizá-lo, o Sambafoot disseca as possibilidades.

Meia

O craque assumiu uma função mais criativa ainda no início da “Era Tite”, em 2016, mas passou a atuar mais constante na faixa central no ciclo para a Copa do Mundo de 2022, quando Coutinho perdeu espaço por causa de lesões e atuações ruins.

A tendência é que Diniz não tire o jogador do seu habitat natural nos últimos anos, até porque o pouco tempo para treinos dificulta mudanças profundas. Com Neymar centralizado, Gabriel Jesus e Raphinha disputam o lado direito do ataque, enquanto Martinelli e Rodrygo são opções pela esquerda. Já no comando do setor ofensivo, Richarlison e Matheus Cunha disputam a vaga;

O craque, aliás, também atuou como meia nas últimas quatro temporadas pelo PSG e teve o seguinte desempenho na posição: 67 gols, 43 assistências e 115 jogos. Pelo Brasil, foram 17 tentos, 15 assistências em 28 jogos.

Centroavante

Neymar jamais atuou em tal função de forma corriqueira, mas o cenário pode mudar. Isso porque ele tem sido atrapalhado por lesões, já não tem mais a explosão de outrora e possui o principal pré-requisito para alguém da posição: faro de gol.

A metamorfose, por ora, é pouco provável, já que o craque não vai atuar no comando de ataque do Al-Hilal. Com isso, tornaria muito mais complicado uma mudança tática em curtos períodos com a Seleção. Em uma hipotética utilização do camisa 10 como homem de área, Diniz poderia escolher entre Rodrygo, Veiga e até mesmo Matheus Cunha para atuar no meio – o último tem atuado centralizado no Wolverhampton.

O craque atuou como centroavante em 22 jogos na carreira por clubes: sete gols e três assistências em 16 jogos pelo PSG e sete tentos e três assistências em seis partidas pelo Barcelona. Já com a amarelinha, o craque 27 jogos, seis gols e cinco assistências

Lucas Figueiredo / CBF

Ponta-esquerda

Chegou a hora de Neymar voltar à origem? Esse certamente é um sonho para a torcida brasileira, mas, como dito anteriormente, o craque não tem mais tanta explosão. Além disso, a mudança prejudicaria o desenvolvimento de jogadores que atuam na posição, como Vini Jr, cortado da lista por lesão, e Martinelli. Ou seja, Diniz pouco considera essa possibilidade.

Atuando como ponta-esquerda, Neymar viveu anos mágicos em Santos, Barcelona, PSG e Seleção. Foram 136 gols e 62 assistências em 225 jogos pelo Peixe, enquanto anotou 98 tentos e 58 assistências em 180 jogos pelo time espanhol. Pelo ex-clube, no qual foi ponta nas duas temporadas primeiras temporadas, ele teve 44 gols e 24 assistências em 42 atuações. Já pela Canarinho, o craque marcou em 54 gols e 36 assistências em 69 jogos.

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Recomeço e recorde de Pelé

A convocação marca o retorno de Neymar à Seleção após colocar em xeque a sua permanência diante da frustração pela eliminação para a Croácia, nas quartas da Copa do Mundo do Qatar.

Lucas Figueiredo/CBF

O recomeço, inclusive, pode ser histórico, já que o atacante está a um gol de se isolar como maior artilheiro da seleção brasileira pelas contas da Fifa. Neymar e Pelé estão empatados com 77 gols. O craque precisou de 124 jogos para alcançar a marca, enquanto o Rei precisou de 91 jogos.

Pelé, entretanto, soma 95 gols em números totais de acordo com a CBF. A diferença entre as contas se deve ao fato da entidade máxima do futebol mundial não considerar amistosos contra clubes e combinados.

Cearense, de 23 anos. Jornalista graduado pela Unifor. Sou apaixonado por esportes, e escrevo sobre futebol e outras modalidades. Passagens por Grupo de Comunicação O...