Um dos pontos mais criticados pelos jogadores e treinadores do futebol brasileiro é a logística.
O que acontece por aqui?
- Pelo fato de o Brasil ter dimensões continentais, há muitas viagens longas ao longo da temporada.
- Os clubes passam muito tempo em traslado aéreo ou de ônibus, ou mesmo esperando um voo no aeroporto.
- Em Portugal, acontece o contrário, por ser um país menor em termos de território.
- Em entrevista ao Sambafoot, o goleiro Bruno Brígido, do Estrela da Amadora, falou sobre as diferenças de logística do Brasil e de Portugal.
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O que ele disse?
“Muda bastante. Lembro que no Brasil já tive oportunidade de disputar a Série A e a Série B. É diferente, porque todas as semanas você está pegando um avião, saindo de um estado e indo para outro. Fazendo viagens de avião, de ônibus, passando o dia inteiro viajando. Aqui é um bocado diferente, porque o país não é muito grande em relação ao Brasil, e isso acaba com que as viagens acabam sendo menores. Nós também estamos ao lado de Lisboa, em uma localização privilegiada, onde dos 18 times da Primeira Liga temos alguns times no norte, na região do Porto, que levamos três horas e meia de ônibus, e um pouco aqui na região de Lisboa, e um ou outro time que estão em regiões mais afastadas, casos da região do Algarve e do centro de Portugal. As viagens longas que nós pegamos são quatro, cinco horas de ônibus. Enquanto no Brasil, para pegar o avião, são duas ou três horas, além de ter que ficar no aeroporto uma hora e meia antes do voo. Tudo o que envolve aeroporto, se programar, ir para hotel descansar, esperar horário para voo, faz com que no Brasil as viagens acabam sendo mais longas, mesmo usando o avião. Enquanto aqui em Portugal o ônibus está sempre à tua espera, no máximo vai gastar quatro ou cinco horas. Na região, em dez minutos você está no estádio adversário, fazendo com que seja um pouquinho mais leve”, disse o goleiro brasileiro.
Bruno Brígido fala sobre o período no futebol português
Revelado nas categorias de base do Criciúma e com passagens por Coritiba, XV de Piracicaba e Guarani, Bruno Brígido está em Portugal desde 2018, passando por Feirense e Estrela da Amadora.
“São cinco anos e meio aqui. É normal que eu acabe pegando o sotaque, do tipo de vida que se leva em Portugal. O que me levou a vir para cá foi a oportunidade de vir para a Europa, acho que quando eu comecei a jogar futebol um dos objetivos era jogar na Europa, e quanto eu estava no Guarani, em 2018, apareceu essa oportunidade através do Feirense. Eu optei por vir, foi uma opção pessoal. Lembro que na época o Guarani me ofereceu uma proposta financeira melhor, mas foi mesmo uma questão de escolha, e na época eu tinha 26, 27 anos. Pensei que, se não fosse naquele momento, não sei se teria uma outra oportunidade. Chegando aqui não parecia que eles falavam a mesma língua, porque não entendia nada. Foi um pouquinho difícil, o modo de eles falarem mais rápido… Foi desafiador, mas hoje me sinto à vontade. Quando recebo visita dos meus familiares e amigos do Brasil e tem um amigo português, percebo que eles não estão entendendo nada. Gosto do povo português, eles são bem diretos, não são de muitos rodeios, falam sempre o que tem que falar na tua frente. É um povo trabalhador, patriota, que defende a sua pátria. Gosto de estar aqui, me sinto bem. Meus dois filhos nasceram aqui, então é um lugar em que eu gosto de estar”, disse o goleiro do Estrela da Amadora.