Com o fim dos estaduais, muitos jogadores têm que procurar outras profissões para se manter

A realidade no futebol brasileiro para muitos dos jogadores que jogam os estaduais é cruel e com um calendário de apenas quatro meses
2024-04-10 15:58:12

Preparação para muitos times durante o ano, os estaduais chegaram ao fim no fim de semana, e com isso, muitos jogadores profissionais ficaram sem emprego.

Alfredo Sampaio, presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf) comentou sobre a realidade de muitos após os estaduais: “A grande maioria tem um mercado de trabalho de quatro meses. Depois fica desempregado. Poucos jogam muito e muitos jogam pouco."

Fim dos estaduais e do emprego para muitos jogadores de futebol

  • O calendário brasileiro tem 124 vagas distribuídas entre Série A, B, C e D
  • No último ano, de acordo com a CBF, o Brasil teve 863 clubes profissionais registrados e em atividade
  • Cerca de 86% ficaram fora das divisões nacionais, jogando somente os estaduais de curta duração

LEIA MAIS SOBRE NOTÍCIAS DE FUTEBOL

++ Sambafoot Series estreia com documentário sobre Zagallo
++ Qual é o maior time formador de atletas da Série A?
++ Histórias com Zagallo: Desmaio em treino da Portuguesa
++ Histórias com Zagallo: Celso Unzelte conta como Zagallo o manteve no jornalismo

Quer ficar por dentro do que acontece de mais importante no "Mundo da Bola"!? Então fique ligado no Sambafoot! Siga nossos perfis no InstagramX (antigo Twitter) e Facebook!

Jogadores que tem outras profissões

Tiago, que é personal, e tem uma academia, irá deixar o seu local de trabalho para disputar mais uma competição como atleta profissional de futebol. Do Amazonas, ele irá jogar em Roraima.

Esse é um fato que, infelizmente, Tiago está acostumado. Com mais de uma década dedicada ao futebol, ele se acostumou-se com a instabilidade.

Aos 31 anos, o volante já passou por clubes de Santa Catarina, São Paulo e Goiás, além de Amazonas e Roraima. Por conta da instabilidade, decidiu fazer uma faculdade de Educação Física e abriu recentemente uma academia.

Tem período que é realmente muito difícil. Às vezes, o futebol dá uma parada, não é o ano todo, então temos que buscar outra remuneração. Acontece com frequência com a maioria, de chegar ao fim o campeonato estadual e você ficar desempregado, esperando aparecer alguma coisa."

“Consegui iniciar a faculdade e hoje também sou personal. Abri o espaço recentemente e hoje estou conciliando o futebol com a academia. Então, quando não consigo calendário para jogar, me mantenho com essa outra fonte de renda."

Realidade de muitos jogadores

O atleta que consegue jogar um estadual e depois uma vaga na Série D é quase que uma bênção para ele, porque, se não estiver nesse pequeno mercado de clubes que vai jogar a quarta divisão, o ano dele acabou. Um ano de quatro meses"

O mercado não comporta todo mundo. O problema poderia ser amenizado com a criação de uma quinta divisão, mas desde que com estrutura e apoio. Tem de exigir e cobrar organização, estrutura, apenas clubes que cumpram suas obrigações trabalhistas. Caso contrário, vamos gerar um mercado de mentiras, uma ilusão."

Estaduais com mais número de equipes

O estadual de São Paulo, com 16 participantes, é o principal em termos de número de equipes. Na sequência, com 12, estão Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás e Pará. O Rondoniense, com seis equipes, é o menor.

VEJA TAMBÉM:

++ Sambafoot Series estreia com documentário sobre Zagallo
++ Histórias com Zagallo: Zinho perde a mãe no mesmo dia em que venceu a Copa do Mundo de 1994
++ Histórias com Zagallo: a admiração de Jairzinho por Garrincha
++ Histórias com Zagallo: o incômodo de Careca para a convocação de Romário
++ Histórias com Zagallo: o técnico que entendeu a essência da Seleção Brasileira, segundo Tino Marques

Quer ficar por dentro do que acontece de mais importante no “Mundo da Bola"!? Então fique ligado no Sambafoot! Siga nossos perfis no InstagramX (antigo Twitter) e Facebook!