CBF regulamenta futebol misto em partidas amadoras no Brasil

Iniciativa busca promover igualdade de oportunidade no futebol brasileiro
Publicado em 09/03/2023 às 20h38

 

Na última quarta-feira (8), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) regulamentou o futebol misto em competições amadoras no país. A iniciativa tem como objetivo incluir e promover a igualdade de gênero na modalidade. A nova regra serve para todas as categorias, desde a iniciação esportiva, até o futebol amador adulto.

Isto significa que, as jogadoras poderão fazer parte de equipes masculinas. Além disso, equipes exclusivamente femininas poderão participar de competições masculinas, a critério de cada entidade organizadora. O futebol feminino permanecerá exclusivo às atletas mulheres.

 

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Iniciativa visa beneficiar o futebol feminino no Brasil

Para o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, a mudança poderá democratizar e massificar a prática do futebol pelas atletas, além de remover “barreiras para o surgimento e o desenvolvimento de novos talentos".

"A CBF tem investido muito nas seleções e nas competições femininas de alto rendimento, que contam hoje com um calendário de competições nacionais a partir da categoria Sub-17. O topo da pirâmide está relativamente bem estruturado, mas assentado sobre uma base frágil", afirmou o dirigente.

Rodrigues acredita que a regulamentação do futebol misto poderá ajudar a sanar problemas na modalidade, já que deverá incentivar a participação de mais jogadoras em equipes e competições do tipo.

"É importante destacar que o futebol misto trabalha com a massificação e a inclusão. Faltam equipes e, sobretudo, competições amadoras em nível local e regional nas primeiras categorias de iniciação e formação desportiva, como a Sub-10, Sub-12, Sub-14. […] Com o tempo, o aumento no número de atletas registradas também poderá levar à criação de equipes e competições exclusivamente femininas nas categorias mais jovens", acrescentou o presidente.

A técnica da seleção brasileira feminina de futebol, Pia Sundhage, aprovou a iniciativa, e diz ser uma oportunidade muito grande para todos os atletas da modalidade.

“Eu tive sorte porque quando eu era criança, eu jogava futebol com meninos. Isso não tem nada a ver com meninos ou meninas, e sim com o futebol. Se nós conseguirmos criar espaços onde se pratica o esporte, não importa se é uma menina ou menino. É uma oportunidade muito grande para todos nós que jogamos futebol", destacou a sueca.

 

Jornalista formada pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL), iniciando a trajetória no jornalismo esportivo no Sambafoot. Já atuei em diversas editorias, mas minha...