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CBF faz parceria com coletivo para combater a LGBTfobia no futebol

No Brasil, o Supremo Tribunal Federal (STF) criminalizou a LGBTfobia em junho de 2019
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Publicado em 09/11/2022 às 18h24

 

A CBF firmou parceria com o coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+ com o objetivo de combater a LGBTfobia no esporte. A iniciativa pretende tornar o futebol brasileiro um espaço mais inclusivo e com menos preconceito. 

O coletivo, criado em 2019, trabalha para alertar a sociedade sobre agressões, intolerância ou rejeição às pessoas que pertencem à comunidade LGBTPQIA+. Entre as iniciativas do grupo estão campanhas e ações de conscientização. 

O Torcidas Canarinhos criou o Observatório da LGBTfobia no Futebol, apresentando um relatório anual sobre casos denunciados envolvendo esse tipo de crime. O Observatório também divulgou um manual de boas práticas destinado a atletas, clubes, torcidas e federações. 

Entre janeiro de 2020 a julho de 2021, o relatório denunciou 42 casos de LGBTfobia no futebol, sendo que em quatro situações o agressor foi um clube. A edição com dados referentes a 2022 será publicado no primeiro semestre do próximo ano, com apoio da CBF.

 

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O material será impresso e distribuído a todos os clubes que participam de competições nacionais, federações e justiças desportivas. A intenção do coletivo é que a divulgação do relatório aumente a visibilidade da campanha, trazendo informação e orientação para o meio futebolístico. 

Para o co-fundador da Torcidas Canarinhos, Yuri Senna, a parceria com a CBF sanciona o trabalho do coletivo em prol da comunidade  LGBTPQIA+. 

 

 

“Poder contar com o apoio da CBF para alcançar mais resultados com o anuário é poder criar  caminhos e ferramentas para o combate à LGBTfobia no futebol brasileiro. Daqui para frente, sabemos que temos mais um parceiro conosco”, afirmou.

Uma das primeiras ações do coletivo foi a aproximação de entidades ligadas ao futebol, como a CBF, e a à política, entre elas o Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJS), o Ministério de Justiça e Segurança Pública e a Procuradoria-Geral da República (PGR). O grupo ainda procurou o Ministério Público Federal (MPF), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Secretaria de Esporte, Ministério de Direitos Humanos, Câmara Federal, Senado Federal e clubes de futebol.

Sobre a CBF, Onã Rudã, criador da Canarinhos ao lado de Yuri Senna, acredita que a parceria vai trazer credibilidade ao coletivo para aumentar o alcance das campanhas no futebol brasileiro. 

“Estar com a CBF é estar com quem faz o futebol no Brasil. Quando a CBF toma uma posição de nos apoiar, nosso documento fica referendado para se tornar um guia para os clubes e federações apoiarem a causa”,  concluiu Rudá.

Para ambos, a colaboração entre as instituições abre portas e possibilita difundir informações. Com o apoio, a Torcidas Canarinhos vai conseguir divulgar melhorar as campanhas e conquistar mais espaço junto aos clubes e federações. 

A Canarinhos LGBTQ+ é o Coletivo Nacional de Torcidas LGBTQIA+ de futebol, e conta com 19 torcidas LGBTQIA+ de 18 clubes diferentes, entre série A, B, C e D, em todas as regiões do Brasil.

Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...