CBF dobra número de patrocinadores em relação à última Copa

Mesmo com dirigentes envolvidos em casos de corrupção nos últimos anos, entidade ainda atrai interesse de grandes marcas
Publicado em 24/10/2022 às 17h00

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou na última semana que terá mais um patrocinador para a Copa do Mundo do Qatar. Um aplicativo de entrega de comida se juntará a outros 19 parceiros, dos quais 16 são patrocinadores e quatro apoiadores. Quatro anos atrás, na Copa do Mundo da Rússia, a CBF tinha apenas nove patrocinadores.

As receitas provenientes dos patrocínios também aumentaram nos últimos anos. Em 2020, os patrocinadores renderam cerca de R$ 365 milhões à entidade, sendo que 98% desse total era devido à seleção brasileira de futebol. Em 2021, mais da metade do R$ 1 bilhão de faturamento da CBF veio de patrocinadores – mais de R$ 575 milhões.

 

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Procura à CBF continua grande

Mesmo com antigos dirigentes envolvidos em casos de corrupção, como Ricardo Teixeira, José Maria Marin, Marco Polo del Nero e Rogério Caboclo, a CBF e a seleção brasileira continuam atrativas para patrocinadores. Em entrevista ao portal ge, Bernardo Pontes, sócio da ALOB, especializada em marketing esportivo, disse:

“A seleção é sim um produto muito valioso e cobiçado pelo mercado. As empresas sabem que terão uma entrega institucional de grande impacto ao investir no principal produto do futebol brasileiro”.

O banco Itaú, um dos parceiros mais antigos da CBF, quase encerrou o vínculo com a instituição após os escândalos do Fifagate, em 2016. Porém, como muitos outros patrocinadores, acabou renovando o contrato. Dos 16 patrocinadores atuais da CBF, seis têm relação duradoura, como a Nike, que acompanha a seleção há 26 anos, e a Gol, que patrocina a CBF desde 2013.

 

Novas cláusulas

Ednaldo Rodrigues, eleito presidente da CBF em abril deste ano, atualizou a política de relações com patrocinadores e apoiadores com aditivos contratuais em questões anticorrupção, ambientais, trabalhistas e de assédio. Também em entrevista ao portal ge, Samantha Mendes Longo, diretora jurídica da CBF desde maio, afirmou:

“Existiam marcas querendo deixar a CBF. O que fizemos como estratégia foi mostrar transparência, correção e honestidade. Antes a CBF corria atrás de algumas ações afirmativas e positivas, mas era muito pouco comprometida nestas causas. Agora eles (patrocinadores) estão conectados à marca da CBF. Reconhecem isso. Essas cláusulas que incluímos são chamadas de cláusulas modernas, para empresas conectadas com causas ambientais e sociais”.

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