No Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, celebrado em 21 de março, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou mensagem destacando a data como oportuna para reflexão sobre igualdade e justiça social.
Segundo a entidade, a data é “especialmente significativa para o futebol", por tratar-se de um esporte universal, capaz de unir as pessoas. No entanto, a CBF reconhece que a sociedade ainda enfrenta desafios no combate ao racismo.
CBF destaca ações
- No texto, a CBF relembra medidas adotadas durante a gestão de Ednaldo Rodrigues para combater o preconceito de raça e promover a igualdade no esporte;
- Entre as ações citadas estão a criação do programa “Professoras Pretas", focado em oferecer oportunidade para que mulheres pretas possam ocupar lugares historicamente negados no futebol e na sociedade;
- A campanha “Com o racismo não tem jogo", realizada durante o Campeonato Brasileiro de 2023, também foi mencionada pela CBF.
Medidas contra o racismo
Ao destacar a importância do Dia Internacional Contra a Discriminação Racial, a CBF relembrou três ações promovidas para tratar o tema no futebol.
O programa “Professoras Pretas", lançado em setembro de 2024, foi uma delas. Desenvolvido em parceria com o Observatório da Discriminação Racial, a iniciativa abre espaços de formação e desenvolvimento para mulheres negras.
Em março do ano passado, a Seleção Brasileira participou de um amistoso contra a Espanha, em Madri, com o slogan “Uma só pele, uma só identidade".
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A partida foi realizada no Estádio Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, clube onde atua o atacante brasileiro Vinícius Júnior, que se transformou em um dos símbolos do combate ao racismo.
Por fim, a CBF citou a campanha “Com o racismo não tem jogo" que, além de ser divulgada durante o Brasileirão 2023, também marcou presença em um amistoso entre Brasil x Guiné.
CBF reafirma compromisso
No comunicado, reconhecendo que atitudes racistas ainda são recorrentes no meio esportivo, a confederação brasileira destacou que o futebol deve ser o reflexo de uma sociedade justa e igualitária.
Reafirmando seu compromisso como parte ativa da mudança, a CBF afirmou que o futebol tem responsabilidade na luta contra a discriminação racial, pelo impacto global que exerce e pelo poder de mobilização na sociedade.
A entidade promete “continuar trabalhando para um futebol livre de discriminação racial, onde todos possam desfrutar do esporte com igualdade, respeito e amor pelo jogo".
Casos de racismo no futebol
Em 2023, 91 ocorrências de discriminação racial foram registradas em estádios (dentro ou arredores) durante partidas de futebol em 21 estados brasileiros diferentes. O Rio Grande do Sul é o primeiro da lista, com 20 registros.
Em disputas organizadas pela CONMEBOL (Libertadores e Sul-Americana), foram 22 ocorrências registradas, sendo nove em estádios brasileiros e já estão incluídas na quantidade de ocorrências por estados.
Os outros 13 casos ocorreram fora do território nacional, nos seguintes países: Argentina (5), Paraguai (4), Chile, Uruguai, Venezuela e Peru, (1 registro cada país), envolvendo atletas, torcedores e/ou membros de equipes brasileiras.
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Na internet, foram 19 casos de racismo nas redes sociais, sendo que a ofensa pode ter sido originada em qualquer lugar da rede mundial de computadores.
Em outros espaços, 13 casos aconteceram em locais que não correspondem aos estádios ou a internet, como espaços públicos e/ou privados, programas de televisão e podcasts.