A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, na manhã desta terça-feira (11), os áudios dos árbitros analisando um possível pênalti em lance envolvendo Éverton Ribeiro e Richard Ríos, no jogo entre Palmeiras e Flamengo, no último sábado (8).
O que aconteceu?
- Durante o duelo, um lance entre os jogadores dentro da grande área chamou atenção, e os visitantes reclamaram um pênalti a favor do Flamengo.
- O pênalti não foi marcado pela arbitragem.
- No lance, Éverton Ribeiro se projeta em direção à bola e cai após dividida com Richard Ríos.
- O árbitro da partida, Ramon Abatti Abel, entendeu que o contato não teve força suficiente para marcar o pênalti.
- O VAR entendeu da mesma maneira.
- O lance gerou bastante reclamação por parte dos jogadores do Rubro-Negro.
- Na ocasião, o árbitro argumentou que Éverton Ribeiro teria “retardado o passo” para que houvesse o contato com o jogador do Palmeiras.
- Ao perguntar a avaliação de Ramon, o VAR, Rodolpho Toski Marques, acaba não sugerindo revisão na beira de campo, já que o juiz demonstrou convicção a respeito do lance.
CBF divulga áudio do VAR de lance polêmico entre Palmeiras x Flamengo.
Para o árbitro e VAR, o braço de Richard Rios sobre as costas de Everton Ribeiro não teve impacto suficiente para a marcação de pênalti. pic.twitter.com/BHcqAhmAd9
— Jaq Jesuss (@jaqjesuss) July 11, 2023
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“Contato mínimo e ele se joga”, diz Ramon Abatti Abel, que no momento do lance em questão, estava próximo dos jogadores. “Para mim, não tem impacto nas costas dele. Tem contato, mas não tem impacto suficiente para derrubar ele. Ele segura a passada e se joga. O impacto é mínimo”, completou.
— 🎥 colunavídeos (@otricolorcoluna) July 9, 2023
Os áudios foram divulgados pelo chefe de arbitragem da CBF, Wilson Seneme, e analisados pelo dirigente junto com Péricles Bassols, gerente técnico do VAR, no programa Papo de Arbitragem, divulgado no site da entidade. Na análise, Seneme discordou da marcação de campo.
“Nem todo ombro nas costas é falta. Mas a partir do momento que coloco ombro nas costas eu tenho que avaliar se o contato é suficiente para derrubar o jogador. Para os árbitros, não foi suficiente. É muito claro isso na narrativa do árbitro de campo que viu o lance e interpretou. Estamos falando de uma jogada muito fina. Nós no departamento de arbitragem somos 11 instrutores técnicos e ficou absolutamente dividida. Isso demonstra o grau de dificuldade. Na nossa visão de maneira geral, o contato por ter sido nas costas nós vemos, sim, um potencial de infração para essa jogada”, disse o dirigente.
Apesar de ter discordado, Wilson Seneme considera que o VAR acertou ao não intervir no lance, já que era interpretativo e Ramon Abatti já havia se posicionado a respeito.