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CBF defende “punição dura” por gritos racistas contra Atlético-MG na Libertadores

Delegação do Galo foi recebida com gritos de “macaco” por torcedores do Carabobo na Venezuela
Publicado em 23/02/2023 às 20h54

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou para a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) nesta quinta-feira (23) um ofício defendendo punições duras para os torcedores do Carabobo que gritaram ofensas racistas contra os jogadores do Atlético-MG antes do jogo válido pela Copa Libertadores na noite desta quarta-feira (22).

Na chegada ao Estádio Olímpico UCV, em Caracas, a delegação do Galo ouviu gritos de “macaco” de fãs do time venezuelano. Após a partida, a entidade sul-americana abriu investigação sobre o caso e se manifestou nas redes sociais, dizendo considerar “totalmente inaceitável qualquer manifestação de racismo e outras formas de violência em seus torneios”. 

 

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Punições em casos de racismo

Em 2022, a CBF sugeriu publicamente para a Conmebol adotar punições mais severas para casos de racismo. A entidade sul-americana, entretanto, continuou com as penas de perda de mando de campo e fechamento parcial ou total do estádio, além de aumentar o valor das multas. A CBF, por sua vez, incluiu em seu Regulamento Geral de Competições punições mais duras para casos de racismo, que podem chegar até a perda de pontos.

 

Rodrigo Caetano, diretor de futebol do Atlético-MG, denunciou o caso ao delegado da partida, Oscar Astudillo, antes mesmo da bola rolar.

“O Clube informa que o diretor de futebol Rodrigo Caetano já registrou reclamação junto ao delegado da partida, senhor Oscar Astudillo, e lamenta que essas cenas maculem o maior torneio da América Latina”, publicou o Galo nas redes sociais.

De acordo com o “Observatório da Discriminação Racial no Futebol”, desde 2014 foram feitas 12 denúncias de ataques a brasileiros em competições sul-americanas. Em três casos, não houve nenhuma punição aos responsáveis.