O advogado italiano Jacopo Gnocchi, que representa a vítima no caso Robinho, expressou contentamento com a agilidade da Justiça brasileira. No final do mês passado, o Brasil recebeu um pedido da Itália para que o jogador e seu amigo Ricardo Falco cumpram a condenação de estupro em solo brasileiro, e o processo de avaliação do pedido italiano começou na quinta-feira passada (23). Em uma entrevista ao “UOL”, o advogado afirmou estar satisfeito com a evolução do caso.
“Estamos absolutamente satisfeitos. Embora a Justiça italiana tenha feito o que tinha de fazer, isto é, processá-los com todas as garantias e condená-los pelo crime, o que temos até agora é impunidade. Eles continuam circulando livremente pelo país. Agora é a vez do Brasil dar esse passo em busca de justiça”, disse o advogado.
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Durante a entrevista, o advogado italiano da vítima declarou que, para a defesa, o local onde Robinho irá cumprir a pena é “irrelevante”. Gnocchi espera apenas que o Governo brasileiro aceite o pedido italiano.
“Para nós, é irrelevante o país onde a sentença será executada, seja na Itália ou no Brasil, basta que seja cumprida. O Brasil é um grande país e sabe que precisa proteger as vítimas, não pode ser o paraíso da impunidade. Eles foram condenados em todas as instâncias, 15 juízes os consideraram culpados. Espero que o judiciário brasileiro dê um parecer favorável ao pedido da Itália e que execute definitivamente ambas as penas”, declarou.
Ainda a propósito do Caso Robinho. Quais os próximos passos? E sobre o quê ainda se pode decidir? pic.twitter.com/zcnPBnhf66
— DTangerino DPenal (@DTangerinoPenal) February 27, 2023
Entenda o caso
Em 2013, quando jogava no Milan, Robinho e seu amigo Ricardo Falco estupraram uma jovem albanesa junto com mais quatro pessoas que não foram identificadas pela Justiça italiana. No ano passado, o caso foi julgado na última instância na Itália e Robinho foi condenado a nove anos de prisão.
Em janeiro, o novo ministro da Justiça, Flávio Dino, reconheceu a possibilidade de Robinho cumprir sua pena no Brasil, já que a legislação brasileira proíbe a extradição de brasileiros natos. Na semana passada, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou o processo de avaliação do pedido italiano. Segundo o portal “G1”, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, presidente do STJ, convocou o atleta para participar do processo de homologação da sentença italiana.