Dois ex-jogadores brasileiros acusados de estupro estiveram no centro das notícias nesta semana. Daniel Alves, condenado pela Justiça espanhola, e Robinho, preso após decisão do Supremo Tribunal de Justiça (STJ).
Diante da repercussão dos casos, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se pronunciou emitindo uma nota de repúdio. Porém, o teor do comunicado não convenceu o ex-jogador Walter Casagrande.
A situação de Daniel Alves e Robinho
- Condenado, Daniel Alves pode aguardar o fim do julgamento em liberdade em caso de pagamento de fiança de aproximadamente R$ 5 milhões.
- Por outro lado, o STJ (Supremo Tribunal de Justiça) decidiu condenar Robinho a cumprir a pena estabelecida pela Justiça Italiana no Brasil, e o ex-atacante já está em reclusão.
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Casagrande contesta nota de repúdio da CBF
Na sexta-feira (22), a CBF publicou uma nota de repúdio citando os incidentes cometidos por Daniel Alves e Robinho.
No texto, a entidade mostra uma postura: “A CBF, todos os seus dirigentes e a comissão técnica da seleção brasileira se solidarizam com as vítimas brutais dos crimes cometidos pelos ex-jogadores”.
Porém, a nota não foi bem vista pelo ex-jogador e comentarista Walter Casagrande. Durante o programa Fim de Papo, do portal UOL, o comentarista Casagrande detonou a postura da entidade e a nota divulgada explicando.
“Eu desconsidero, sabe? Desconsidero. Foi falado por pressão, falaram porque a Leila (Pereira) falou, porque a imprensa falou, porque a opinião pública falou, porque todo mundo cobrou. E aí falaram. Aí vamos às falas, primeira coisa, ninguém falou nada sobre a garota, a vítima, ela simplesmente não existe na fala de ninguém”.
Em sua avaliação, Casagrande foi além e acusou a entidade máxima do futebol brasileiro de machismo.
“Você vê que claramente é forçado porque eles nem lembram da vítima. Você fala sobre o assunto que é obrigado a falar, dois jogadores (…) os dois estupraram garotas, os dois estão presos nesse momento. São dois jogadores presos neste momento e ninguém citou a vítima, mas citou a família do criminoso”.
O ex-jogador fez um pedido para que se lembrasse de que as vidas das vítimas foram destruídas, e não a dos condenados. Relembrando que a realidade e a empatia deveriam ser para as meninas que sofreram os crimes e não para os atletas acusados.
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