A Federação Paraibana de Futebol (FPF) emitiu uma nota na segunda-feira (15), confirmando que o Campeonato Estadual 2021 está cancelado. O motivo se dá pela falta de recursos financeiros.
Em reunião com a FPF, os maiores clubes de campina grande pediram ao Governo Estadual o pagamento do incentivo ao futebol, acordado anteriormente.
O programa “Paraíba Esporte Total”, antigo Gol De Placa, está bloqueado judicialmente por constatação de fraudes.
Os próprios clubes perderam por fraude em um programa de patrocínio.
“Diante disso, os clubes enxergaram que sem esse Recurso prometido pelo Governo, eles não teriam condições de participar do Campeonato Paraibano da 1ª Divisão 2021, visto que não ter como arcar com as despesas relacionadas à manutenção dos clubes, como, por exemplo, a folha salarial dos jogadores”, diz trecho da ata.
Como o Governo da Paraíba garantiu que não repassará o dinheiro, os clubes como Treze e Campinense, resolveram não atuar no Estadual.
Os times pediram à presidente da Federação Paraibana, Michelle Romaro, para solicitar os pagamentos, mas a mesma informou que eles não seriam repassados.
O que isso significa ao futebol brasileiro?
Em menos de um dia após Paulo Autuori criticar a CBF e alegar um “Brasileirão comprometido” pela volta do Campeonato Brasileiro em meio à pandemia de coronavírus. Veio a notícia de que o Estadual seria fechado por falta de verba.
No caso da Paraíba, existe algo bem mais grave que é a fraude de contratos que são o motivo alegado ao Governo da Paraíba de bloquear o auxílio.
Em reunião realizada ontem na Federação Paraibana de Futebol, sete dos oito clubes paraibanos alegaram falta de recursos e desistiram de disputar o estadual de 2021. Atlético-PB, Campinense, Nacional de Patos, Perilima, São Paulo Crystal, Sousa e Treze. Apenas Botafogo-PB quer. pic.twitter.com/kx5Sh6Ab02
— JOGO ABERTO RN (@JogoAbertoRN_) December 15, 2020
Mas, a pandemia escancarou a desigualdade social que existe entre clubes. Se não forem do centro Rio-São Paulo, sofrem uma dificuldade maior de obter verba para sobreviver em meio uma crise sanitária que impede o torcedor de ir aos estádios.
Resta saber se o caso será isolado, mas a expectativa (infelizmente) é que ocorra mais situações assim.