Camisa 10 do Santos, camisa 7 do Botafogo, camisa 9 do Internacional… Veja os números “sagrados” dos principais clubes do Brasil

Discussão sobre a aposentadoria da camisa 10 do Santos voltou a tona desde 29 de dezembro, data da morte de Pelé.
Publicado em 04/01/2023 às 03h09

Na última quinta-feira, 29 de dezembro de 2022, faleceu o Rei Pelé aos 82 anos de idade, vítima de complicações de um tratamento de um câncer no cólon. A discussão acerca da aposentadoria da camisa 10 do Santos, com a qual o Rei brilhou, voltou à tona. Inicialmente, o presidente Andrés Rueda havia suspendido a utilização do número por um “ato administrativo”, mas voltou atrás após uma entrevista antiga de Pelé viralizar. Relembre quais são as camisas mais históricas de cada clube grande do Brasil.

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São Paulo: camisa 1 e camisa 10

A camisa 1 foi utilizada por Rogério Ceni por cerca de 17 anos. Porém, nos últimos oito, o atual treinador do São Paulo utilizava o número 01, com o zero na frente. O Tricolor optou por aposentar a camisa 01 e continuar com a 1. Depois de Ceni, vestiram o número os seguintes jogadores: Denis, Jean, Tiago Volpi e Felipe Alves. Já a camisa 10 foi de Raí nos anos 1990. Ele representou um divisor de águas na história do São Paulo, conquistando, entre outras coisas, duas Libertadores e um Mundial de Clubes. Atualmente, a 10 é de Luciano, que passará a usar o número a partir de 2023.

MIGUEL SCHINCARIOL/AFP via Getty Images

Palmeiras: camisas 7, 10 e 12

A mais simbólica é, sem dúvida, a camisa 12. Esse foi o número que São Marcos mais utilizou no Palmeiras, conquistando a Libertadores em 1999 com ele. O Verdão aposentou a 12 para os goleiros, e hoje quem a veste é o lateral-direito Mayke. A camisa 10, que foi de Ademir da Guia, também é histórica no Palmeiras. O atual “dono” é Rony. Outro número pesado no Verdão é o 7, que foi usado por Edmundo e Paulo Nunes nos anos 1990 e que é de Dudu desde 2015. Ele só não utilizou a 7 em 2021, já que Rony havia pego o número antes de seu retorno de empréstimo do Al-Duhail, do Catar.

Photo by Marcelo Hernandez/Getty Images

Corinthians: camisas 7, 8, 9 e 10

Cada camisa do Corinthians é histórica por um jogador em específico. A 7 foi de Marcelinho Carioca nos anos 2000 e está vaga no elenco desde que Yuri Alberto assumiu a 9, em agosto de 2022. A camisa 8 foi utilizada por Sócrates nos anos 80 e, posteriormente, por Rincón, Paulinho e Renato Augusto. Este último é quem a veste hoje em dia. A camisa 9 passou a ser histórica por conta de Ronaldo e hoje é utilizada por Yuri Alberto. Por fim, a 10 foi de Neto no primeiro Campeonato Brasileiro conquistado pelo clube e de Roberto Rivellino nos anos 60 e 70.

Photo by Miguel Schincariol/Getty Images

Santos: camisa 10

Após a morte de Pelé, em 29 de dezembro de 2022, a discussão sobre a aposentadoria da camisa 10 voltou à tona. Porém, o presidente do clube, Andrés Rueda, acabou voltando atrás ao ver uma entrevista antiga do Rei do Futebol ao jornalista Bolívia Zica, que trabalhava no canal de YouTube Desimpedidos. Nomes como Pita, Giovanni, Diego Ribas, Paulo Henrique Ganso e Gabigol usaram a 10 desde a aposentadoria de Pelé e, atualmente, o “dono” é o venezuelano Yeferson Soteldo.

Photo by GUILHERME DIONIZIO/POOL/AFP via Getty Images

Flamengo: camisa 10

Principal jogador da história do Flamengo, Zico foi o craque do time em várias conquistas, entre elas os Campeonatos Brasileiros de 1980, 1982 e 1983, a Copa Libertadores de 1981 e o Mundial de Clubes de 1981. A camisa 10 de Zico terá um novo dono em 2023: Gabigol herdou o número de Diego Ribas e passará a usá-lo nas primeiras competições que o Flamengo tem para disputar nos próximos meses.

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Fluminense: camisas 9 e 10

A camisa 9 entrou de vez para a história com a aposentadoria de Fred, em julho de 2022. Vestindo as cores do Fluminense, o atacante conquistou dois Campeonatos Cariocas, dois Campeonatos Brasileiros e uma Primeira Liga do Brasil. Já a camisa 10 foi de Roberto Rivellino nos anos 70 e hoje é usada por Paulo Henrique Ganso.

Photo by Wagner Meier/Getty Images

Botafogo: camisas 6 e 7

A camisa 6 foi de Nílton Santos, lateral-esquerdo campeão da Copa do Mundo em 1958 e 1962. Atualmente, quem veste o número é o meio-campista Tchê Tchê. Já a camisa 7 foi de Mané Garrincha, também bicampeão do mundo com a seleção brasileira. O número vinha sendo utilizado pelo lateral-direito Rafael até o fim de 2022. Ele preferiu pegar a camisa 2, que os laterais pela direita costumam trajar.

Vasco: camisas 10 e 11

A camisa 10 do Vasco é histórica por ter sido de Roberto Dinamite, maior artilheiro do clube e o jogador que mais atuou. Foram 1110 partidas e 708 gols marcados. Atualmente, quem veste a 10 é Nenê. Já a camisa 11 foi de Romário, uma das principais revelações do Vasco. Hoje em dia, o “dono” do número é o atacante Gabriel Pec.

Cruzeiro: camisas 9 e 10

A camisa 9 foi de Tostão, que conquistou cinco Campeonatos Mineiros e um Campeonato Brasileiro, vencido em cima do Santos de Pelé, em 1966. O número se tornou mais simbólico no clube após a compra da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) pelo ex-jogador Ronaldo Nazário. Já a camisa 10 foi de Dirceu Lopes, nos anos 60, e de Alex, no título do Campeonato Brasileiro de 2003.

Atlético-MG: camisa 9

A camisa 9 foi de Reinaldo nos anos 80, quando o Atlético-MG disputou os principais títulos com o Flamengo. As equipes fizeram um confronto histórico na Copa Libertadores de 1981, que não terminou por conta do número de expulsões que o Galo teve. Atualmente, a camisa 9 está vaga no elenco do Atlético-MG.

Grêmio: camisa 7

O número mais emblemático da história do Grêmio é, sem dúvida, o 7. Nos três títulos do Tricolor na Copa Libertadores, o 7 foi o grande destaque do time. Em 1983, Renato Gaúcho se destacou. Em 1995, foi a vez de Paulo Nunes e, em 2017, Luan obteve grande destaque. Atualmente, quem veste a camisa 7 é Campaz.

Internacional: camisas 5 e 9

Essas duas camisas pertenceram aos principais jogadores da história do Internacional: Falcão e Fernandão. Atualmente, nenhum jogador veste estes números no elenco. Em 2022, Liziero vestiu a camisa 5 e Wesley Moraes e Braian Romero trajaram o 9.

Athletico Paranaense: camisa 8

A camisa mais emblemática do Athletico Paranaense é a 8, que foi de Barcímio Sicupira, principal artilheiro da história do clube, com 157 gols marcados. Ele teve duas passagens pelo Furacão. A primeira aconteceu entre 1968 e 1972, e a segunda entre os anos de 1972 e 1975. Hoje em dia, a camisa 8 pertence a Vitor Bueno.