Brasil não perde no início da Copa América desde 2007

Seleção Brasileira encara a Costa Rica, na próxima segunda-feira (24), pela primeira rodada da competição
Publicado em 21/06/2024 às 16h44

A Copa América começou! Esta será a 48ª edição do torneio, com a Seleção Brasileira prestes a chegar aos dois dígitos de conquistas.

O Brasil entra em campo na próxima segunda-feira (24), contra a Costa Rica, pela primeira rodada. Veja a última vez em que a Seleção perdeu em uma estreia na competição.

Em busca do 10!

  • A Seleção Brasileira venceu nove títulos em 47 edições;
  • A última conquista brasileira, aconteceu em 2019;
  • A última vez que o Brasil perdeu na estreia, foi na edição de 2007, com vitória do México;

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Veja a lista de estreias com derrota da Seleção Brasileira

O Brasil perdeu para o México, na edição de 2007, por 2 x 0. De lá para cá, somente empates ou vitórias. No todo, a Seleção perdeu sete estreias em 37 edições que disputou. Veja a lista:

2007 – 0 x 2 México (perdeu)
2001 – 0 x 1 México (perdeu)
1979 – 1 x 2 Bolívia (perdeu)
1956 – 1 x 4 Chile (perdeu)
1923 – 0 x 1 Paraguai (perdeu)
1921 – 0 x 1 Argentina (perdeu)
1917 – 2 x 4 Argentina (perdeu)

Quantos campeões de 2019 estão na convocação do Brasil para a Copa América 2024?

No atual elenco do treinador, Dorival Júnior, apenas três nomes estavam no último título do Brasil na Copa América, em 2019.

O goleiro, Alisson, e os zagueiros, Marquinhos e Éder Militão, deverão ser titulares na atual competição.

Quantos títulos o Brasil tem?

O Brasil já venceu nove títulos da Copa América, em 47 edições. A Seleção venceu os torneios de 1919, 1922, 1949, 1989, 1997, 1999, 2004, 2007 e 2019. Os brasileiros foram 12 vezes vice-campeões e, por sete vezes, terceiro lugares.

Os maiores campeões do torneio, com 15 títulos, são a Argentina e o Uruguai, empatados.

Primeiro título do Brasil na Copa América

Em 1919, o futebol era bem diferente no país. O acesso aos clubes que disputavam as competições era restrito a integrantes da elite.

E nos estádios, só se viam torcedores e torcedoras elegantemente vestidos, com chapéus e de terno/gravata ou vestidos longos. Integrantes das classes populares não tinham acesso aos jogos. E nem aos gramados.

Mesmo com essa restrição, o estádio das Laranjeiras, maior estádio do país na época e reformado para receber a 3ª edição do Campeonato Sul-Americano, ficou lotado para a competição.

Como foi a conquista do Brasil?

Disputada por apenas quatro equipes, no sistema de todos contra todos. Além do Brasil, estavam no Rio de Janeiro os selecionados da Argentina, Chile e Uruguai, vencedor das duas edições anteriores.

Vencer o Sul-Americano era a maior conquista possível da época. A Copa do Mundo somente seria disputada pela primeira vez 11 anos depois. E os países da América do Sul só participariam do futebol em Jogos Olímpicos a partir de 1922 (com o Uruguai ganhando a medalha de ouro).

O Brasil estreou muito bem, goleando o Chile por 6 a 0 em 11 de maio. Com três gols de Friedenreich, dois de Neco e um de Haroldo. Uma semana depois, a Seleção superou a Argentina por 3 a 1 (Neco, Amilcar e Millon marcaram).

A última rodada, em 26 de maio, acabou colocando frente a frente os times com duas vitórias no torneio: Brasil e Uruguai. Na busca pelo tricampeonato, a Celeste abriu 2 a 0 com 17 minutos de jogo (gols de Gradín e Scarone). Mas o time da casa reagiu e empatou com dois gols de Neco, ídolo do Corinthians.

O regulamento da competição previa um jogo extra em caso de empate na pontuação. Três dias depois, no dia 29, brasileiros e uruguaios voltaram a campo para definir o título.

Disputa de pênaltis era algo inexistente na época. Se o jogo terminasse empatado no tempo normal, deveriam ser disputadas sucessivas prorrogações de 30 minutos até que surgisse um vencedor.

E foi o que ocorreu. Após o 0 a 0 nos 90 minutos, o placar seguiu inalterado no tempo extra. Sem a permissão de substituições, os 22 jogadores, depois de 120 minutos, precisaram encaram mais meia-hora de disputa. E o gol, que demorou tanto a acontecer, surgiu logo aos 2 minutos da etapa inicial. Marcado por Friedenreich, o “El Tigre".

O triunfo foi amplamente destacado nos principais jornais e revistas da época, sendo fundamental para ampliar a popularidade do esporte que viraria uma espécie de sinônimo de Brasil a partir do final dos anos 50.

“O chute de Friedenreich abriu o caminho para a democratização do futebol brasileiro",, escreveu o jornalista Mário Filho no livro “O negro no futebol brasileiro".

Olá, eu sou Robert Ferreira, 28 anos e apaixonado por futebol. Nas redações do esporte desde 2021, tenho passagens pelo "Futebol na Veia", "Premier League Brasil" e...