Botafogo estima pagar R$ 500 milhões em dívidas até o final do ano

Desde que assumiu o clube, John Textor sempre disse que por as contas em dia era o principal objetivo
Matheus Brum
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Matheus Brum
2024-06-11 14:42:39

Problemas com dívidas e asfixia financeira têm sido grandes desafios para o Botafogo nos últimos anos. Para enfrentar essa situação, o clube adotou o modelo de SAF e foi adquirido pelo norte-americano John Textor. Hoje, após pouco mais de dois anos sob a nova gestão, as dívidas diminuíram significativamente.

Thairo Arruda, CEO da SAF do Botafogo, garantiu essa melhora em entrevista ao “Botafogo PodCast". Segundo ele, o passivo do clube, que inclui dívidas trabalhistas, cíveis e tributárias, era de R$ 1,1 bilhão no início da Era-SAF.

Pagamento de dívidas do Botafogo

  • Segundo Thairo Arruda, a previsão do Botafogo é encerrar o ano com R$ 500 milhões pagos em dívidas;
  • Além disso, o CEO disse que a receita do clube cresceu quatro vezes durante o período da SAF;
  • Thairo explicou como que as dívidas asfixiaram os cofres do Botafogo.

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Redução das dívidas

Na entrevista ao Botafogo PodCast, Thairo Arruda falou sobre o cenário que a SAF encontrou o clube, em 2022. 

“Quando começamos na SAF, o Botafogo tinha R$ 1,1 bilhão em passivo e R$ 120 milhões em receitas. Era uma relação de 1 para 10. Qualquer empresa de qualquer setor com esses valores está à beira da falência. Nosso primeiro trabalho foi entender o passivo e as oportunidades que tínhamos de destravar receitas. Fechamos o ano passado com R$ 530 milhões de receita. Em dois anos, é incrível o nível que crescemos", afirmou.

Desde a chegada de John Textor, a redução das dívidas tem sido uma prioridade. Recentemente, o clube quitou R$ 130 milhões em débitos cíveis. Na esfera trabalhista, o Botafogo utilizou o Regime Centralizado de Execuções (RCE) logo nos primeiros dias da SAF.

Dívidas trabalhistas: maior parte negociada via RCE
Dívidas cíveis: negociadas pelo Regime Extrajudicial
Dívidas tributárias: ainda a serem negociadas

“Há três níveis de passivo: trabalhista, cível e tributário. Primeiro focamos no trabalhista, porque é onde sofremos mais. Há penhoras, decisões judiciais… Sofremos penhoras no começo da SAF, principalmente da Justiça do Trabalho. Assumimos o clube com R$ 220 milhões em dívidas trabalhistas, reestruturamos o RCE de forma que hoje temos R$ 150 milhões. Está bem equalizado, pagamos direitinho e os credores estão felizes", explicou Thairo.

“O próximo passo foi a dívida cível. Eram R$ 440 milhões, estávamos em negociação há um ano que resultou na Recuperação Extrajudicial. Fizemos duas propostas: os que queriam receber rápido, à vista, tinham que dar 90% de desconto. Os que queriam receber no longo prazo, davam 40% de desconto. Conseguimos 65% de adesão, foi muito maior do que esperávamos. Desses R$ 440 milhões, R$ 130 milhões preferiram receber no curto prazo, foi o que liquidamos no mês passado. Sobram R$ 310 milhões, que serão pagos no longo prazo, mas esses já têm 40% de desconto. Hoje, nossa dívida cível está em R$ 180 milhões", detalhou.

“A terceira etapa é trabalhar a dívida tributária. Estamos em andamento e a expectativa é finalizar até o final do ano. E aí vamos concluir o trabalho de reestruturação do passivo do Botafogo. Se somar tudo, esperamos fechar o ano com o passivo de R$ 600 milhões. Ou seja, de R$ 1,1 bilhão para R$ 600 milhões em dois anos. E nossa receita saiu de R$ 120 milhões para R$ 530 milhões. A relação de 10 para 1 está quase de 1 para 1", concluiu.

Botafogo e o Sambafoot

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O Botafogo, com sua estrela solitária e sua tradição de jogo bonito, é um dos clubes mais tradicionais do futebol brasileiro. Os maiores jogadores da história do país passaram pelo Fogão, como Garrincha, Nílton Santos, Didi e Jairzinho (entre outros).

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