O futebol é mais do que um esporte para muitos atletas, é uma expressão de identidade e fé. No caso de Bill, atacante do Nova Iguaçu, suas comemorações após os gols, homenageando o orixá Oxóssi, são uma manifestação de sua crença.
No entanto, o gesto que deveria ser uma celebração tornou-se alvo de intolerância religiosa, expondo uma realidade preocupante no meio esportivo.
Preconceito mais que presente
- A repercussão das comemorações de Bill nas redes sociais após marcar contra o Vasco evidenciou o preconceito ainda presente na sociedade;
- Mensagens preconceituosas inundaram os comentários, destacando a necessidade urgente de combater a intolerância religiosa;
- Em entrevista ao ge, Bill compartilhou sua tristeza diante dos ataques, mas reafirmou sua postura firme em relação à sua fé.
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Intolerância
Comentários como ”Vai perder de 30×0 esse macumbeiro”, faz pacto com diabo para jogar nisso”, foram registrados.
Vida pessoal e profissional
A devoção de Bill ao orixá Oxóssi é uma parte essencial de sua identidade, refletindo não apenas em sua vida pessoal, mas também em sua carreira profissional. Ele enfatizou a importância da fé em todas as áreas de sua vida e sua determinação em continuar celebrando suas crenças, independentemente das críticas.
”A comemoração representa minha mudança como ser humano. Eu morri para o mundo e renasci para o meu lado espiritual. Eu me sinto muito melhor. A fé está em todas as áreas da minha vida, no lado profissional, pessoal, psicológico. A importância é máxima. É uma coisa que vou continuar fazendo, vou levar para o resto da vida. E quem não gostar, vou fazer o quê? Só precisam me respeitar”, desabafou.
Aos 24 anos, Bill é mais do que apenas um jogador de futebol, é um líder dentro e fora de campo. Sua fé está enraizada em sua essência, influenciada pela educação e valores transmitidos por sua família. Filho de uma Ialorixá, ele cresceu em um ambiente onde a religiosidade era parte integrante de sua rotina.
"Nunca foi sorte, sempre foi meu pai Oxóssi"
Bill, camisa 10 do Nova Iguaçu, falando para a câmera. Na comemoração do gol, ele havia encenado o movimento de atirar um fecha, em evocação ao orixá.
— Marcelo Moutinho (@mmoutinho) March 17, 2024
Atleta recebeu apoio
O presidente do Nova Iguaçu, Jânio Moraes, frisou a convivência harmoniosa com as diferentes crenças entre os membros do clube, ressaltando a importância do respeito mútuo e da aceitação das diferenças. O treinador Carlos Vitor, por sua vez, destacou a necessidade de não julgar as escolhas religiosas de ninguém, promovendo a tolerância e a compreensão.
Próximo rival é um velho conhecido
Revelado pelo Flamengo, Bill agora enfrenta seu ex-clube nas finais do Campeonato Carioca, buscando novas oportunidades para celebrar seus gols à sua maneira.
Ele encara a intolerância religiosa como um obstáculo a ser superado, destacando a importância de continuar lutando contra o preconceito em todas as suas formas.
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