Enfim David Beckham falou. O ex-jogador e atual celebridade inglês tentou se defender das acusações de que seria um traidor do movimento gay e da luta pelos direitos humanos. Como se sabe, o Catar criminaliza a homossexualidade, além de ter sido denunciado por problemas relativos às condições de trabalho (milhares de mortes teriam ocorrido na preparação para o Mundial).
Porém, em comunicado divulgado à imprensa, Beckham considera que tais discussões podem “gerar um grande entendimento e empatia em direção a todos e ao progresso que pode ser alcançado”. Segundo informações de bastidores, ele deve ter recebido 10 milhões de libras para a função de embaixador do evento.
VEJA TAMBÉM
++ Paulinho revela motivo para ter escolhido acertar com o Atlético-MG
++ Mirassol anuncia a contratação do meia Gabriel, ex-Flamengo
++ Atacante Michael vai reforçar elenco gremista na próxima temporada
Aproveite e siga o Sambafoot no Instagram, no Twitter e no Facebook!
Sportwashing: a tática do Catar
Para alguns, David Beckham é apenas mais uma peça na tática catari de limpar a sua barra política com a promoção de eventos esportivos.
“É a perfeição para mim. É um lugar incrível para passar uns dias. Tenho vontade de levar meus filhos”, Beckham havia dito em vídeo divulgado para promover o turismo no país-sede da Copa 2022.
Assim, o sportwashing também pode ser visto como uma forma de distração das questões mais sérias enfrentadas por um país, como violações dos direitos humanos ou preocupações com a governança. Alguns críticos argumentam que o Catar, por exemplo, usou o sportwashing para desviar a atenção de questões como o trabalho escravo em sua construção de infraestrutura para a Copa do Mundo. Da mesma forma, Beckham emprestaria a sua imagem para limpar a reputação daquele país.