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Atlético-MG prevê cortes no futebol e mira fechar SAF neste semestre

Para lidar com juros de dívidas, Galo quer transformar o clube em uma Sociedade Anônima de Futebol ainda neste semestre
Publicado em 27/04/2023 às 19h46

O que aconteceu?

> Dívida bruta do Atlético-MG superou a casa dos R$ 2 bilhões;

> Para tentar melhor a situação financeira, o Galo tenta diminuir a folha salarial dos atletas e transformar o clube em SAF;

> As negociações mais avançadas neste sentido são com Peter Grieve, empresário norte-americano. 

 

O valor bruto da dívida do Atlético-MG superou a casa dos R$ 2 bilhões. No último ano, o clube arcou com cerca de R$ 200 milhões apenas em juros, o que aumentou a dívida líquida do clube para R$ 1,57 bilhão. O valor, no entanto, não considera os custos da Arena MRV, que chegam a R$ 440 milhões.

Para tentar melhorar a situação financeira do clube, o Galo arrecadou cerca de R$ 70 milhões com venda de jogadores neste primeiro trimestre de 2023 e diminuiu a folha salarial, que continua R$ 8 milhões acima do orçamento anual – seria necessário uma redução de R$ 615 mil mensais para os números ficarem dentro do previsto.

 

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Orçamentos e custos com futebol

Para 2023, o orçamento do Atlético-MG era de R$ 251 milhões com custos de futebol. No balanço apresentado nesta quinta-feira (27) pelo Conselho Deliberativo do clube, os custos de futebol do ano passado foram similares aos de 2021: R$ 326 milhões. Ou seja, para atingir o previsto para este ano, será necessário uma diminuição de cerca de R$ 75 milhões.

A dívida onerosa do Galo está na casa de R$ 1 bilhão, com uma taxa de juros de 18%. Para resolver o problema, o alvinegro mineiro tenta transformar o clube em uma SAF. As negociações mais avançadas neste sentido são com Peter Grieve, empresário norte-americano que buscará captar dinheiro no mercado para comprar ações.

O plano B do Atlético-MG  é se tornar uma SAF sem acordo com investidores, o que tornaria a associação do Galo dona de 100% das ações do clube-empresa em um primeiro momento. Posteriormente, as ações seriam vendidas para empresários locais, como Rubens Menin, Ricardo Guimarães e Rafael Menin.