Artigo científico contrapõe alegação de ‘sexo consensual’ no caso Daniel Alves

A Ciência derruba argumentação da defesa do jogador e pode complicá-lo ainda mais
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Publicado em 27/02/2023 às 18h35

 

Preso há 38 dias em Barcelona, Daniel Alves agora precisará contestar a Ciência. Desta vez, a defesa do jogador tem que contra argumentar um artigo científico, publicado em 2004 e assinado pelo pesquisador britânico Roy Levin. Enquanto o jogador brasileiro alega ‘sexo consensual’ para contrapor a acusação de estupro, movida por uma jovem espanhola, os estudos de Levin sugerem o oposto. 

No início de fevereiro, o advogado do atleta, Cristóbal Martell, tentou comprovar o álibi de Daniel Alves, utilizando um relatório médico. O documento foi produzido pelo Hospital Clínic, local onde a vítima foi atendida logo após a agressão sexual.

O atestado aponta que não foram identificadas ‘lesões vaginais típicas de relações sexuais secas’ (sem lubrificação) ou ‘lesões compatíveis com sexo à força’. Assim, o relatório médico sugere que a mulher estaria lubrificada durante o ato.

A tese do pesquisador Roy Levin, um dos maiores especialistas do Reino Unido em Fisiologia da Sexualidade, é possível haver lubrificação vaginal ou orgasmos involuntários durante um estupro. Apesar da violência, essa seria uma ‘resposta’ do corpo feminino para protegê-lo da agressão.

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Jornalista por formação, apaixonada por esportes, música e cultura. Entusiasta do futebol feminino, defende que lugar de mulher é onde ela quiser. Concluiu a...