O Ministério Público de Goiás deflagrou nesta semana a Operação Penalidade Máxima, com objetivo de analisar as atividades de um grupo suspeito de manipular resultados de jogos de futebol no Brasil. Inicialmente, a ação investigou três partidas da Série B do Campeonato Brasileiro de 2022, nas quais jogadores teriam sido pagos para cometerem pênaltis no primeiro tempo.
Nesta quinta-feira (16), porém, mensagens revelaram que os apostadores tentaram também manipular partidas de campeonatos estaduais deste ano, através de escanteios, cartões amarelos e vermelhos e placares parciais de cada etapa do jogo.
"Durante as buscas e apreensões de terça-feira [14], pudemos coletar indícios de que as apostas não se limitaram àquelas partidas [da Série B]. Outros jogos recentes do último final de semana pelos campeonatos estaduais [tinham] modus operandi muito similar com oferecimento de sinal e promessa de pagamento maior após o êxito das apostas. E não mais se limitando a encomendar o cometimento de pênaltis, mas também escanteios, cartões e placar parcial. Uma variedade de apostas. A investigação precisa amadurecer para que a gente avance", disse Fernando Cesconetto, promotor do Ministério Público de Goiás.
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Mensagens no celular
A operação encontrou mensagens no telefone celular de um dos suspeitos que indicava que pagamentos já haviam sido feitos neste ano para jogadores que atuam nos estados de Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás. Três clubes foram citados nominalmente: São Luiz-RS, Novo Hamburgo-RS e Villa Nova-MG. Até o momento, o MP não considera que os dirigentes dos clubes sejam integrantes do esquema e ainda não tem mais informações sobre quais atletas e jogos poderiam ter sido corrompidos pelos apostadores.
No entanto, de acordo com o portal G1, o empresário Bruno Lopez de Moura já foi preso em São Paulo pela sua participação no esquema de manipulação de resultados. Ele teria sido o responsável por contatar os jogadores e fazer os pagamentos.
