Após sofrer ataques homofóbicos, ex-BBB é anunciado como diretor de diversidade do Sport

Gil do Vigor foi alvo de ofensas feitas por um conselheiro do clube em maio de 2021, e hoje retorna ao time para combater violência contra minorias no futebol pernambucano
2022-12-23 14:38:55

Mais de um ano depois de ser alvo de ofensas homofóbicas vindas de um conselheiro do Sport, o ex-BBB e economista Gilberto Nogueira, conhecido como Gil do Vigor, se tornou o novo Diretor de Diversidade do Leão da Ilha. O economista foi eleito em uma chapa com 96,5% de aprovação da torcida, e terá a missão de tornar o clube mais inclusivo.

Gil confessou que relutou assumir a posição, por não querer “que as pessoas me ligassem ao que aconteceu. Era um evento muito traumático. Queria que olhassem como: ‘Gil vai poder trazer ideias para o clube'”, explica. O economista começou a alinhar os projetos com foco na torcida rubro-negra na última quinta-feira (22).

 

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Gil assume posto para combater violência contra minorias

De acordo com o economista, o momento foi o mais difícil após sair do reality. No Big Brother Brasil, Gil do Vigor era um dos mais queridos pelo público, e diversos bordões ganharam notoriedade. Um deles, era a dança “tchaki tchaki”, que foi reproduzida em campo, o que motivou os ataques homofóbicos de Flávio Koury, conselheiro do Sport. Koury não foi punido.

“Eu falo até hoje que foi o momento mais difícil do meu pós Big Brother. Naquele momento eu não queria mais nada. O sentimento era de que não vou mais fazer nada. Ele pediu desculpa e seguiu a vida dele, mas o trauma que me gerou… Uma desculpa não vai mudar. Eu reduzi a quantidade de vezes que fazia o tchaki tchaki. Não sei se as pessoas chegaram a perceber. Aquilo me impactou de tal forma que até para o que era muito natural meu, eu fazia e algumas vezes voltava essa imagem”, lembra.

O que teria feito Gil aceitar a proposta e assumir a diretoria foi o pensamento de como ele poderia contribuir mais dentro do esporte, já que o meio ainda tem bastante preconceito envolvido. Agora, Gilberto assume o combate à LBGTQIA+fobia, além da discriminação racial, violência contra a mulher, e melhorias para o bem estar de pessoas com deficiência (PCDs).

“A gente não quer algo decorativo, para falar que tem e ficar ali. Queremos ser atuantes, trazer as pessoas e mostrar que o respeito e diversidade tem que estar ali para todo mundo. Meu objetivo final é fazer com que as pessoas se vejam dentro de todos os esportes, inclusive no futebol. Quando fui para o Big Brother, não imaginava que as pessoas do futebol iriam torcer por mim. Eu não imaginava que era possível, porque existe um estereótipo. A minha meta é que a gente consiga quebrar isso”, afirma o economista.

 

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