Apolinho trabalhou no Flamengo como técnico e dirigente nos anos 90 – relembre

Ao longo de mais de 60 anos dedicado ao jornalismo esportivo, Washington Rodrigues teve dois períodos à frente de cargos no Flamengo
Matheus Brum
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Matheus Brum
2024-05-16 19:10:03

Durante a vitória do Flamengo por 4 a 0 sobre o Bolívar pela Copa Libertadores da América, faleceu aos 87 anos o jornalista Washington Rodrigues, o Apolinho, que trabalhou em diversas rádios do Rio de Janeiro, entre elas a Rádio Globo e a Rádio Tupi.

Apolinho era torcedor declarado do Flamengo e, ao longo de mais de 60 anos como jornalista esportivo, deixou os microfones de lado duas vezes para aceitar desafios dentro do clube do coração.

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Passagens de Apolinho pelo Flamengo

Como treinador

A trajetória de Apolinho como treinador do Flamengo em 1995 é um capítulo marcante na história do clube. Conhecido como comentarista esportivo, Washington Rodrigues recebeu um convite inusitado do então presidente Kléber Leite para assumir o comando técnico do time rubro-negro.

Em meio a um momento turbulento, após a perda do Estadual e com desentendimentos no elenco, Apolinho aceitou o desafio, mesmo sem formação técnica.

Sua abordagem foi única: reconhecendo sua falta de experiência como treinador, focou em gerenciar vaidades e conflitos, buscando o apoio de profissionais competentes para áreas específicas.

Apolinho adotou medidas como a divisão igualitária dos prêmios entre todos e utilizou vídeos para transmitir a história e a importância do clube aos jogadores.

Em sua breve passagem de 26 jogos, obteve 11 vitórias, oito empates e sete derrotas, culminando com o vice-campeonato da Supercopa – perdendo para o Independiente.

Mesmo diante das adversidades e críticas, deixou sua marca como um líder inusitado, trazendo uma nova perspectiva ao comando técnico do Flamengo. Ainda hoje, sua coragem e dedicação são lembradas como um exemplo de paixão pelo clube.

Passagem como dirigente

Após sua breve incursão como treinador do Flamengo em 1995, Washington Rodrigues retornou ao clube em 1998, desta vez assumindo o cargo de diretor de futebol.

A contratação, realizada pelo então presidente Kleber Leite, visava aproveitar a influência e o perfil agregador do jornalista para fortalecer o time em um período marcado por eleições no clube.

No entanto, apesar das expectativas, a passagem de Apolinho como diretor de futebol do Flamengo não alcançou os resultados esperados.

Embora tenha sido contratado com um contrato planejado até 1999, o radialista deixou o clube no final de 1998, antes do término de seu vínculo contratual.

Apolinho no rádio

Apolinho era autor de diversas expressões que marcaram época e que são utilizadas até hoje. Muitas delas ficarão de legado não só no futebol mas em outras áreas da sociedade.

Apolinho teve como grande legado a expressão "chocolate", quando um time ganha do outro por extensa margem de gols;

Outros termos bastante conhecidos foram "geraldinos" e "arquibaldos", referindo-se aos torcedores que frequentavam o antigo Maracanã;

"Mais feliz que pinto no lixo", "capinar sentado", "cuspir abelha africana", entre outras, também são criações de Apolinho;