Antony, Pedrinho, Bruno e outros: Relembre jogadores brasileiros acusados de violência contra mulher

Nos últimos anos, mulheres têm denunciado jogadores de futebol por agressão e estupro. Lista inclui até mesmo feminicídio
Publicado em 04/09/2023 às 21h06

Nesta segunda-feira (04), o portal UOL divulgou prints em que mostram Antony, do Manchester United, xingando a ex-namorada Gabriela Cavallin. Nas conversas também há partes em que ela acusa do jogador de agressão. Antony, pelas redes sociais, negou qualquer agressão. Diante da repercussão, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) decidiu cortar o atacante da lista de convocados pelo técnico Fernando Diniz.

Antony é mais um jogador brasileiro que estampa as manchestes policiais. Nos últimos anos, novos casos de violência doméstica estão vindo à público, com diversos jogadores brasileiros sendo acusados e, em alguns casos, presos por causa de agressões.

Relembre alguns casos

Bruno, ex-goleiro do Flamengo

Em 2013, Bruno Fernandes foi condenado a 23 anos e um mês de prisão por homicídio, ocultação de cadáver, sequestro e cárcere privado de Elisa Samúdio, mãe do filho do jogador. Na época do crime, em meados de 2010, Bruno era goleiro do Flamengo, vivia uma grande fase e era especulado para se transferir para o Milan e jogar na seleção brasileira. Desde janeiro de 2023, Bruno está em liberdade condicional, graças ao regime de progressão de pena. O corpo de Elisa Samúdio nunca foi encontrado.

Pedrinho, jogador do América

Em fevereiro deste ano, a ex-namorada de Pedrinho registrou um boletim de ocorrência contra o atacante, que atuava no São Paulo à época. Em abril, uma troca de mensagens entre eles vazou e expôs que o jogador teria ameaçado a ex-namorada de morte. Por causa disso, o São Paulo rescindiu o contrato com o jogador. Em julho, ele foi anunciado como reforço do América-MG.

Robinho, ex-jogador

Em 2022, Robinho foi condenado na última instância da Justiça Italiana por ter estuprado uma mulher em uma boate, em 2013. A agressão sexual, segundo a Justiça, foi em grupo. O Governo Italiano pediu a extradição de Robinho. No entanto, o Brasil não extradita seus cidadãos. A tendência é que a sentença condenatória de Robinho seja reconhecida pela Justiça Brasileira e o ex-atacante cumpra a pena, de nove anos de prisão, aqui no país.

Daniel Alves, ex-jogador

Desde janeiro deste ano, Daniel Alves está preso na Espanha por ter estuprado uma mulher em uma boate, em Barcelona. Durante todo o processo, o ex-jogador já deu várias versões para os fatos. Exames feitos constataram lesões no corpo da mulher e a presença de sêmen do jogador no corpo da vítima.

Cuca, treinador

No final da década de 1980, quando ainda atuava pelo Grêmio, Cuca foi condenado na Suiça por ter estuprado, junto com outros jogadores do Imortal, uma adolescente de 13 anos. Cuca ficou preso por alguns dias, mas depois foi liberado e cumpriram a pena em liberdade.

Neymar

Em 2019, Neymar foi acusado por uma modelo de ter cometido um estupro. Ela contou, à época, que foi chamada pelo jogador para ir a Paris e que no encontro ele ficou agressivo após ela negar ter relações sexuais sem camisinha. Na época, Neymar divulgou mensagens entre eles para mostrar a inocência. Meses depois, o Ministério Público de São Paulo arquivou o processo por falta de provas.

Jean, goleiro do Cerro Porteño

Em 2019, Jean foi preso nos Estados Unidos, acusado de agredir a então esposa durante uma viagem de família ao país. Na época, o goleiro jogava no São Paulo. Jean passou por audiência de custódia, foi solto e retornou ao Brasil. Por causa da divulgação do caso, o goleiro foi para o Cerro Porteño, do Paraguai, onde joga até hoje.

Mancini, ex-jogador

Em 2010, Mancini foi condenado a dois anos e oito meses de prisão pela Justiça italiana por estupro e lesão corporal contra uma jovem em dezembro, durante uma festa organizada por Ronaldinho Gaúcho. Segundo a imprensa italiana, a vítima passou mal por causa da bebida. Mancini ofereceu carona até a casa dela e a estuprou.

Jobson, ex-jogador

Em 2016, Jobson foi preso acusado de estuprar quatro adolescentes, em Conceição do Araguaia, no Pará. Uma das vítimas tinha 13 anos à epoca. Em 2022, Justiça homologou um acordo de não persecução penal do caso. O pedido foi acordado entre Ministério Público Estadual (MPE) e os réus.