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A Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF) prestou, na última quinta (10), uma queixa-crime contra a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme.
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Você precisa saber:
- A ANAF fez uma denúncia ao Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) e ao Ministério Público do Trabalho.
- A associação alega estar ocorrendo uma “punição silenciosa" aos árbitros de Goiás.
- O presidente da ANAF, Salmo Valentim, afirmou que está em curso um processo de retaliação à arbitragem do estado, após críticas feitas pelo Goiás Esporte Clube, que foram endossadas pela Federação Goiana de Futebol (FGF) no fim do último mês de julho, em nota à Seneme e a Comissão de Arbitragem.
- Valentim alega que, desde então, nenhum árbitro goiano foi escalado para partidas das Séries A, B, C e D do Brasileirão, nem para outras competições organizadas pela CBF.
- O presidente vê a medida como represália.
- Em resposta ao portal ge.globo, a CBF teria questionado a legitimidade e representatividade da ANAF, e não comentou o assunto.
- O Goiás fez novas críticas à CBF e arbitragem brasileira no último final de semana.
- O presidente do Esmeraldino, Paulo Rogério Pinheiro, disse que a arbitragem do Brasil é “chacota no mundo", além de ter feito cobranças ao presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues.
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“A "punição silenciosa" que ele [Seneme] impetrou contra os árbitros de Goiás que estão há três rodadas fora de todas as competições da CBF, em razão de a FGF ter concordado com a crítica que o Goiás EC fez em relação a arbitragem, comprova não só o seu desserviço, como atesta que enquanto os árbitros forem reféns da CBF, essa prática continuará acontecendo", afirma Valentim.
“A arbitragem goiana está sendo desrespeitada nacionalmente e nós não iremos permitir que isso ocorra e nada seja feito. Buscaremos também todos os meios para que os árbitros não sejam mais tratados como lixo, porque é exatamente isso o que Wilson Seneme está fazendo neste e em diversos outros episódios", completa o presidente da ANAF.
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O que aconteceu?
No último dia 23 de julho, após a vitória do Goiás sobre o Cruzeiro, por 1 a 0, o Esmeraldino fez críticas à Wilson Seneme e à Comissão de Arbitragem. O clube questionou um pênalti não marcado após toque de mão do zagueiro Oliveira. Anteriormente, o Alviverde já havia questionado uma outra penalidade marcada a favor do Santos, na rodada anterior.
Um dia após o duelo com o Cruzeiro, a Federação Goiana de Futebol (FGF) endossou a crítica feita pelo Goiás, referente ao lance de pênalti não marcado. Isso teria deixado a CBF insatisfeita e gerado a “punição silenciosa", como afirma Simas Valentim.
Desde o ocorrido, mais de 100 jogos aconteceram nas quatro divisões do futebol brasileiro sem a presença de um membro do quadro da FGF na escalação de arbitragem, seja como árbitro, assistente ou VAR, de acordo com o presidente da ANAF.
Um exemplo seria o de Wilton Pereira Sampaio, de Goiás, que faz parte do quadro da FIFA. O árbitro era escalado constantemente para as partidas até o ocorrido, apitando em 11 das 16 rodadas da Série A do Brasileirão.
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