A relação entre Rebeca Andrade, estrela das Olimpíadas, com o Flamengo

A trajetória da ginasta que levou o Brasil ao bronze nas Olimpíadas de Paris e sua ligação profunda com o Flamengo desde 2011
Publicado em 30/07/2024 às 21h10

Hoje, Rebeca Andrade fez história ao liderar a equipe brasileira na conquista inédita da medalha de bronze por equipes nas Olimpíadas de Paris.

O que muitos ainda não sabem é que essa estrela olímpica tem uma relação íntima e duradoura com o Flamengo, clube que ela representa desde 2011, quando chegou com apenas 12 anos de idade.

Rebeca Andrade e o Flamengo

  • Rebeca Andrade levou o Brasil à medalha de bronze por equipes nas Olimpíadas de Paris.
  • Rebeca, atleta do Flamengo, tem uma relação duradoura com o clube desde os 12 anos.
  • Superando dificuldades, Rebeca alcançou grandes conquistas, incluindo medalhas olímpicas e títulos importantes pelo Flamengo.

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Início complicado para Rebeca

Nascida na periferia de Guarulhos, Rebeca teve uma infância humilde. Filha de mãe solteira, a ginasta dividia uma casa de um cômodo com sete irmãos. Por incentivo de uma tia, Rebeca ingressou na ginástica aos 4 anos, em um projeto da Secretaria de Esportes de Guarulhos.

Quem a levava aos treinos era o irmão mais velho, de bicicleta. Muitas vezes, a pequena ginasta não comparecia aos treinos devido às dificuldades de transporte. Por conta disso, a treinadora Keli Kitaura pediu para que Rebeca ficasse em sua casa nos fins de semana e, posteriormente, levou a menina para treinar em Curitiba.

Chegada ao Flamengo

Após um período treinando em Curitiba, Rebeca foi convidada por Francisco Porath, técnico da Seleção Brasileira, para treinar no Flamengo. Assim, a jovem foi integrada ao time juvenil do clube.

No Flamengo, Rebeca desenvolveu ainda mais seu talento, rapidamente se tornando uma das grandes promessas do esporte brasileiro. Em 2012, apenas um ano após sua chegada, ela brilhou em seu primeiro campeonato como profissional, vencendo o Troféu Brasil de Ginástica Artística e superando grandes nomes como Jade Barbosa e Daniele Hypólito.

Em 2012, o Flamengo enfrentou um momento difícil quando um incêndio atingiu o ginásio do clube, causando um prejuízo de 800 mil reais. Mesmo abalado financeiramente, o clube fez questão de manter a jovem Rebeca, enxergando nela um grande potencial. Esse investimento se mostrou acertado, pois a atleta trouxe inúmeras conquistas para o Rubro-Negro.

Grandes conquistas de Rebeca pelo Flamengo

Em pouco tempo, Rebeca mostrou todo seu valor e talento. Além do Troféu Brasil de Ginástica Artística em 2012, a ginasta brilhou novamente na edição de 2014, conquistando a primeira colocação no individual geral, nas paralelas assimétricas e no solo.

Em 2016, pouco antes dos Jogos Olímpicos, Rebeca representou o Brasil na etapa de São Paulo da Copa do Mundo, chegando às finais das barras assimétricas e da trave, levando prata e bronze. Em Portugal, conquistou duas pratas na trave e no solo.

Na sua primeira olimpíada, em 2016, Rebeca teve um bom desempenho, terminando em 11º lugar no individual geral e 8º na competição por equipes. Em 2018, na etapa da Copa do Mundo em Cottbus, Alemanha, assegurou dois ouros: no salto sobre o cavalo e na trave.

Rebeca enfrentou períodos difíceis com lesões

Apesar da trajetória vitoriosa, Rebeca enfrentou momentos delicados. Em 2014, já classificada para as Olimpíadas da Juventude de Nanquim, precisou passar por uma cirurgia no pé. Em 2015, rompendo o ligamento cruzado anterior do joelho direito, enfrentou uma recuperação difícil de oito meses. Desmotivada, quase desistiu, mas o apoio do Flamengo e de sua mãe, Dona Rosa, foi crucial para continuar.

Após os Jogos do Rio em 2016, Rebeca sofreu uma lesão recidiva no joelho em 2017, mas rapidamente se recuperou para o Mundial em 2018. Em 2019, outra lesão a tirou do Mundial de Stuttgart. Com o Flamengo ao seu lado, Rebeca se recuperou e brilhou no Pan de 2020, garantindo sua vaga para Tóquio.

A glória eterna de Rebeca

Nos Jogos de Tóquio, Rebeca conquistou a prata no individual geral e emocionou o país com o ouro no salto, tornando-se a primeira mulher brasileira a conquistar uma medalha na ginástica.

Aos 22 anos, Rebeca Andrade escreveu seu nome na história do esporte brasileiro e do Flamengo, alcançando a Glória Eterna.

Três anos depois, Rebeca voltou a fazer história, ao levar o Brasil à primeira medalha da história no torneio por equipes da Ginástica.

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