Neste sábado, o mundo da religiosidade ficou abalado com a morte de Joseph Ratzinger, o papa emérito Bento XVI, aos 95 anos.
Nos últimos dias, sua saúde estava debilitada devido à idade avançada. Desde cedo, sua vida se passou por meio de igrejas, catedrais e seminários.
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Reservado e com poucas aparições públicas, poucos sabiam da sua relação com o futebol. Nascido na cidade de Munique, na Alemanha, era torcedor do time da Baviera, mesmo nunca ter revelado publicamente.
No artigo “Cercate le cose di lassú“, escrito em 1986, ele escreve respondendo a pergunta principal: “por que este esporte movimenta tanta gente assim?”
“Nenhum outro evento no mundo consegue ter um efeito tão grande, o que demonstra que este evento esportivo toca algum elemento primordial da humanidade, e há que se perguntar sobre o que se fundamenta todo esse poder de um jogo. É uma espécie de tentativa de retornar ao paraíso: sair da escravizante seriedade da vida cotidiana e de seus cuidados para a seriedade livre do que não necessariamente tem que ser e que, justamente por isso, é bonito. Frente a isso, o jogo transcende, em certo sentido, a vida cotidiana”, relatou.
Bento XVI e Beckembauer, quando o Kaiser era um dos representantes da Copa do Mundo da Alemanha de 2006. Foto: Reuters.
Final da Copa
Bento XVI, no ano de 2013, foi o primeiro papa, em 600 anos, a renunciar ao cargo. Foram diversas acusações contra ele e seus assessores, o que levou a deixar o papado.
Um ano depois, a Alemanha chegou na final da Copa do Mundo do Brasil, contra a Argentina. Durante o horário da partida, ele preferiu dormir, ao invés de ver o gol de Mario Götze, que deu o troféu aos alemães.
“O pouco que sei de moral aprendi nos campos de futebol e nas cenas de teatro, minhas verdadeiras universidades“, disse o papa, ao jornal italiano Gazzetta dello Sport.
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