São Paulo é tetra

O dia 19 de novembro de 2006 ficará na memória de todo torcedor são-paulino. Afinal, foi neste domingo que o São Paulo acabou com um incômodo jejum de 15 anos e garantiu o título de campeão brasileiro. O caneco veio na combinação dos resultados. O Tricolor empatou por 1 a 1 com o Atlético-PR, no […]
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sambafoot_admin
Publicado em 20/11/2006 às 11h07

O dia 19 de novembro de 2006 ficará na memória de todo torcedor são-paulino. Afinal, foi neste domingo que o São Paulo acabou com um incômodo jejum de 15 anos e garantiu o título de campeão brasileiro. O caneco veio na combinação dos resultados. O Tricolor empatou por 1 a 1 com o Atlético-PR, no Morumbi, enquanto que o Internacional, único time que podia atrapalhar, perdeu para o Paraná por 1 a 0.

O jogo

Como em toda decisão, a partida começou bastante amarrada no Morumbi. Quem esperava um São Paulo arrasador nos primeiros minutos, se enganou. O time, que jogava por uma simples vitória, preferiu começar de maneira mais cautelosa para não correr riscos. O primeiro lance de perigo aconteceu aos nove minutos, quando Leandro recebeu de Souza pelo meio, cortou a marcação de Cristian e bateu por cima do gol de Cléber. Quatro minutos depois, na jogada mais bonita da primeira etapa, Leandro avançou pela esquerda e cruzou na medida para Mineiro que, de primeira, mandou longe do gol adversário.

O Atlético-PR respondeu aos 19min, em jogada do lateral-esquerdo Michel, que avançou até o fundo e cruzou para Ferreira que, na pequena área, simplesmente furou e perdeu grande chance. O Tricolor, que controlava a partida, abriu o marcador seis minutos depois. Aos 25min, Souza cobrou falta da esquerda na cabeça de Fabão, que se antecipou ao goleiro do Atlético-PR e testou firme para o gol. Festa generalizada no Morumbi completamente lotado.

Com a vantagem no marcador, o São Paulo se soltou de vez em campo. Ilsinho, muito bem no ataque pelo lado direito, arrancava aplausos do torcedor. Aos 31min, o lateral-direito recebeu lançamento e cruzou na cabeça de Danilo, que testou firme para o gol. Cléber defendeu parcialmente e, na sobra, a defesa do Atlético afastou o perigo. Cinco minutos depois, o técnico Muricy Ramalho foi obrigado a fazer a primeira alteração na equipe, já que Aloísio, que sentiu uma fisgada na coxa esquerda, cedeu lugar a Lenílson. Até o final do primeiro tempo, o time preferiu segurar a vantagem.

Na etapa complementar, o São Paulo voltou com a mesma concentração, apesar da grande festa da torcida nas arquibancadas. O time seguiu no comando das ações e, aos três minutos, chegou com perigo pela primeira vez, em chute rasteiro de Júnior. Cléber segurou firme. A mesma cena se repetiu aos 10min: Júnior bateu de longe e o goleiro do Atlético-PR não deu rebote.

Quando o jogo no Morumbi chegou aos 12min, a torcida vibrou como se fosse um gol. Isso porque o placar eletrônico do estádio anunciou o gol do Paraná no duelo contra o Internacional, único time que ainda lutava para derrubar o Tricolor. A esta altura do campeonato, era só esperar o tempo passar para comemorar o tetra.

Disposto a dar trabalho ainda, o técnico Oswaldo Alvarez resolveu dar novo gás ao time, colocando dois atacantes (Válber e Paulo Rink). O time subiu sua marcação e passou a atacar mais. Só que isso fez com que sobrassem espaços para o São Paulo atuar do jeito que mais gosta, nos contra-ataques. Na primeira oportunidade, aos 21min, após passe de Souza, Lenílson não aproveitou.

A torcida tricolor, a partir dos 20min, não queria mais saber do jogo. Passou a gritar o nome de todos os jogadores do elenco. E o time, aos 24min, quase fez o segundo. Ilsinho fez bela jogada pela direita e tocou para Lenilson, que tirou da marcação e bateu no ângulo de Cléber, que fez grande defesa. Logo depois, na segunda alteração tricolor, o zagueiro Alex Silva entrou na vaga de Leandro. O time perdeu força no ataque. O Atlético cresceu e empatou aos 34min, com Cristian.

Logo depois, Thiago entrou na vaga de Souza e o time tentou voltar a atacar, mas esbarrou na bela marcação do Atlético. E foi o time paranaense que quase marcou aos 39min, quando Erandir, livre de marcação na entrada da área, bateu firme e Rogério Ceni fez um verdadeiro milagre. Os minutos finais foram angustiantes, mas no fim, tudo deu certo. E o Morumbi explodiu de alegria.

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