Um time de gigantes. Este é o São Paulo, que mostrou na noite desta quarta porque é o atual tricampeão sul-americano e mundial. Com autoridade, o time calou mais de 50 mil pessoas no estádio Jalisco, em Guadalajara (MEX), venceu o Chivas por 1 a 0 e botou um pé na final da Taça Libertadores da América. De quebra, Rogério Ceni, um dos maiores goleiros da história, chegou ao gol de número 62 em partidas oficiais, igualando o recorde que pertencia ao paraguaio Chilavert.
Agora, no jogo de volta, que acontece na próxima quarta, o Tricolor joga por um empate. Para o Chivas, vale uma vitória por um gol, desde que o placar seja de 2 a 1 para cima. Se os mexicanos marcarem 1 a 0, o finalista será conhecido nos pênaltis.
O jogo
O primeiro tempo foi de apenas um time. Apesar do jogo ser fora de casa, o São Paulo atuou como se estivesse no Morumbi. Com marcação forte e valorização da posse de bola, o time encurralou o Chivas no seu campo. E, com um pouco mais de sorte, certamente teria aberto o placar ainda nos primeiros 45 minutos.
O Tricolor deu o cartão de visitas logo aos cinco minutos, quando Leandro recebeu passe de Souza e, pelo lado direito, bateu cruzado, obrigando Sanchez a trabalhar. No minuto seguinte, Danilo, pela esquerda, chutou firme e o goleiro do Chivas, inspirado, mandou a bola para escanteio. O Chivas respondeu aos 8min, quando Bravo escapou pela direita e cruzou para Bautista, que na hora do chute, bateu em cima de Fabão. A seguir, a bola saiu pela linha de fundo. Este foi o único ataque mexicano na primeira etapa.
O São Paulo cresceu principalmente porque Danilo estava inspirado. Com isso, Júnior também cresceu e o time conseguiu levar perigo pelos dois lados do gramado. Quando a bola chegava na direita, Leandro e Souza também deram trabalho. Na marcação, Josué e Mineiro não davam espaço para Morales, homem de criação do meio do Chivas. Com isso, ora Bautista, ora Bravo, eram obrigados a recuar para buscar a bola.
Aos 20min, o São Paulo fez 1 a 0, com Ricardo Oliveira, mas a arbitragem anulou corretamente, já que o atacante colocou a mão na bola, após cruzamento da direita de Júnior. O time não desanimou e, aos 27min, após cobrança de falta de Souza, Lugano, de cabeça, mandou por cima do gol de Sanchez. Dois minutos depois, Danilo tabelou com Júnior, recebeu na frente e cruzou para a área. A bola sobrou para Souza, que bateu à esquerda do gol mexicano. Aos 35min, Danilo, em jogada individual, bateu de pé direito e Sanchez defendeu.
Na etapa complementar, o Chivas voltou com mais vontade e equilibrou as ações. Aos 7min, Bravo escapou pela direita e cruzou na medida para Bautista, que testou firme. Rogério Ceni, bem colocado, fez a defesa. O Tricolor respondeu aos 13min , em jogada individual de Leandro, que bateu cruzado para fora.
Aos 16min, o técnico Muricy Ramalho resolveu dar novo gás para o time, com a entrada de Aloísio na vaga de Ricardo Oliveira. O Chivas, aos 19min, assustou novamente. Bravo escapou pela direita e cruzou para Bautista, que cabeceou para o gol. Lugano afastou parcialmente e, na sobra, Morales bateu com muito perigo. No minuto seguinte, o São Paulo respondeu com Danilo, que deu trabalho a Sanchez.
Aos 29min, aconteceu o lance mais perigoso do Chivas. Após uma sobra da defesa são-paulina, Esparza bateu de longe e acertou o travessão de Rogério Ceni. Logo depois, Muricy fez a segunda alteração, tirando o cansado Danilo e colocando Richarlyson em campo. Esta alteração recolocou o São Paulo no comando da partida.
E, melhor em campo, o time acabou premiado com a vitória. Aos 40min, Aloísio, que entrou muito bem, foi derrubado na área. Pênalti que o capitão Rogério Ceni cobrou com muita tranqüilidade, no canto direito de Sanchez, que fez 1 a 0. Depois, foi só tocar a bola e comemorar a justa vitória.
Ficha técnica
Chivas: Sanchez; Javier Rodriguez, Reynoso e Magallon; Esparza, Morales (Medina), Pineda (Ávilla), Araújo e Juan Rodriguez (Santana); Bautista e Omar Bravo.
Técnico: José Manuel de la Torre
São Paulo: Rogério Ceni; Fabão, Lugano e Edcarlos; Souza, Josué, Mineiro, Danilo (Richarlyson) e Júnior; Leandro (Lenilson) e Ricardo Oliveira (Aloísio).
Técnico: Muricy Ramalho
Gol: Rogério Ceni, de pênalti, aos 40min do segundo tempo
Cartões amarelos: Rodriguez, Lugano, Leandro e Ricardo Oliveira
Juiz: Jorge Larrionda (URU)
Local: estádio Jalisco, em Guadalajara (MEX)