O conceito de democracia, aliás, como todo conceito, é relativo.
O conceito de democracia que impera dentro da sociedade futebolística não tem por meta digressionar sobre a famigerada arbitragem de futebol, pelo contrário, se utiliza de artifícios eletronicos para expor na mídia os erros dos árbitros e seus assistentes, e, por falar em recursos eletrônicos, quando utilizados a favor da arbitragem, o ponto eletrônico ou sistema de comunicação, foi qualificado de absurdo, coisa do outro mundo!
O que quero expor aqui é a perpetuação de uma sociedade injusta que elimina toda e qualquer possibilidade de conceder uma chance para os novos árbitros, pois, sem oportunidade de mostrar suas arbitragens, não teremos novos árbitros, e, estes serão reconhecidos somente pelos companheiros de profissão, mas o grande público deixará de reconhecer o bons trabalhos destes homens, isso é péssimo para o futebol, ísso é a estrutura antidemocrática desta sociedade.
Mas, alguém pode objetar, os melhores árbitros brasileiros são “fracos”! Sim e não. Pois este árbitros como todos o outros são amadores e na concepção desta palavra eles não tem a profissão reconhecida, e para sobreviver necessitam de outra atividade profissional. Então, onde esta o fraco neste rótulo? Uma pessoa que exerce duas funções paralelamente não pode ser fraco, e sim um grande trabalhador, que concilia as horas do trabalho com as horas de treinamento físico, e não abrindo mão das horas com a sua família.
E o que estou colocando aqui são fatos, aliás, só me atenho a fatos. Portanto, os membros da sociedade futebolística (narradores, comentaristas, cronistas esportivos, dirigentes, jogadores e principalmente os torcedores) só podem, evidentemente, julgar os árbitros através dos olhos da arbitragem, presumo eu. E se um erro de arbitragem não for visto através deste espírito, como é que esse árbitro poderá ter a chance de participar de uma Copa do Mundo? Esse árbitro simplesmente será mais um rotulado de “fraco”.
Acredito que o verdadeiro procedimento democrático é divulgação maciça das 17 Regras do Futebol, visando “alfabetizar” os torcedores, dirigentes, narradores, comentaristas, repórteres, cronistas, jogadores e principalmente entre as gerações mais novas. Não estou propondo uma utopia. Apenas um processo justo e eqüivalente.