Onze meses. Foi esse o tempo que o lateral Ivan ficou parado desde que realizou a cirurgia no tornozelo, em junho do ano passado. Emprestado ao Shakhtar, da Ucrânia, o jogador retornou ao Brasil para passar pelo processo cirúrgico e, desde então, tenta retornar aos gramados. Recuperado, em janeiro o jogador se apresentou e iniciou a pré-temporada com o restante do elenco, mas um escorregamento de vértebras fez com que voltasse ao Departamento Médico.
Treinando com o grupo desde a semana passada, o lateral não vê a hora de entrar em campo novamente. “Eu estou bem demais e não vejo a hora de voltar a jogar. Depois de quase um ano parado, fazendo tratamento, estou super animado”, contou. O tempo de recuperação entre as duas lesões foi quase o mesmo do amigo e companheiro de clube, Dagoberto.
E foi nisso que o lateral se inspirou para continuar o tratamento. “É uma fase difícil e eu me inspirei no Dagoberto, que sofreu com uma lesão pior e quando voltou teve uma contratura. Vi que isso é normal e tenho que ter paciência”, afirmou. Ivan sentiu dores e descobriu o problema em um exame de raio-X. “O exame mostrou que eu tinha este escorregamento de vértebras desde que nasci, mas eu nunca tinha sentido dores”, revelou.
Se na Ucrânia o jogador torceu o tornozelo e passou por um dos momentos mais difíceis da sua carreira, foi lá também que teve uma das melhores experiências. “É sempre uma experiência muito boa. Todo jogador quer sair do Brasil e eu pretendo sair de novo, mas meu compromisso agora é fazer um bom campeonato pelo Atlético”, disse. Mesmo longe dos gramados, Ivan não deixou de acompanhar a equipe e ficou triste com os últimos resultados. “O time tinha condições de conquistar a classificação e fiquei triste por isso não ter acontecido e por eu não ter ajudado meus companheiros dentro de campo”.
Mas o lateral garante que a torcida pode esperar um Campeonato Brasileiro diferente. “O time vai crescer e melhorar”, garantiu. Segundo o jogador, o técnico Givanildo Oliveira vai conseguir transmitir a sua experiência ao grupo de jogadores. “Ele é um ótimo treinador, que já rodou o Brasil. Se não conhecia oa jogadores pessoalmente, já tinha visto a maioria jogar e isso ajuda nos trabalhos do dia-a-dia”, disse. Questionado se a dor que ainda sente o impediria de jogar se ele fosse escalado para uma partida, o lateral foi taxativo. “Falta melhorar um pouco no físico e no ritmo de jogo, mas se eu fosse chamado com certeza essa pequena dor que eu estou sentindo não iria atrapalhar”, concluiu.