A bola inteligente

12/1205 – Quem se lembra da final da Copa do Mundo de 1966? O inglês Geoff Hurst, aos 11 minutos da prorrogação, mandou uma bola no travessão, que em seguida quicou no gramado. O árbitro suíço Gottfried Dienst apontou gol, mas os alemães reclamam até hoje que a bola não cruzou a linha. Ou mais […]
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sambafoot_admin
Publicado em 12/12/2005 às 20h10

12/1205 – Quem se lembra da final da Copa do Mundo de 1966? O inglês Geoff Hurst, aos 11 minutos da prorrogação, mandou uma bola no travessão, que em seguida quicou no gramado. O árbitro suíço Gottfried Dienst apontou gol, mas os alemães reclamam até hoje que a bola não cruzou a linha.

Ou mais recentemente, Real Madrid e Celta de Vigo, pelo campeonato espanhol, na qual a equipe de Vigo chegou à vitória graças a um gol irregular. Canobbio recebeu passe do brasileiro Fernando Baiano e chutou, a bola bateu no travessão, mas não ultrapassou a linha. O árbitro Ramírez Domínguez validou o lance.

No parágrafo acima observamos duas situações idênticas, porém somente a segunda e através dos olhos frios da câmeras de televisão podemos apontar claramente que a bola não ultrapassou por completo a linha de meta, contrariando o texto da Regra 10 (O gol marcardo). Já no primeiro caso, isso não foi possível saber com a mesma precisão devido à tecnologia precária da época.

Bem, a FIFA usou o Mundial Sub 17, no Peru, como laboratório de novas tecnologias para o futebol. A principal atração, sem duvida foi ela, a bola, ou “bola inteligente” como a imprensa a chama. Dotada de um microchip de menos de 15 milímetros e no instante em que ultrapassa a linha de gol, este chip envia um sinal, captado por antenas colocadas nas extremidades do campo. O sinal é remetido para um computador que, por sua vez, repassa a um receptor usado pelo árbitro. Tudo isso acontece em menos de um segundo. E assim a arbitragem não terá duvida: gol!

A tecnologia está em nossa volta, e assim sendo o futebol não poderia ficar de fora, principalmente se falarmos das arbitragem que hoje em dia são vigiada por inúmeras câmeras de televisão e programas de computadores (o tal tira-tema), que ao invés de ajudar os árbitros e seus assistentes, são usados para apontar seus erros, numa comparação desumana e injusta.

A “bola inteligente” veio para auxiliar a arbitragem, porém como toda tecnologia e uma criação do ser humano, os árbitros e principalmente os assistentes não poderão descuidar em momento algum de suas atenções, pois se esse equipamento vier a falhar, lá estará o “velho” olho humano para definir o lance.

Por Valter Ferreira Mariano

Show de pergunta: Com a bola em jogo, uma segunda bola é colocada em campo. Deverá o árbitro paralizar imediatamente a partida?

Resposta na próxima coluna. Obs.: Se você sabe a resposta ou quer tentar responder, envie a mesma para o email [email protected]

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