No peito e na raça para buscar o Tri

O São Paulo não dependerá apenas de sua técnica para conquistar o título da Copa Libertadores da América pela terceira vez e se tornar o único brasileiro tricampeão do continente. Apesar de uma campanha de encher os olhos de qualquer torcedor – os 72% de aproveitamento de pontos é melhor do que qualquer outra campanha […]
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sambafoot_admin
Publicado em 14/07/2005 às 21h06

O São Paulo não dependerá apenas de sua técnica para conquistar o título da Copa Libertadores da América pela terceira vez e se tornar o único brasileiro tricampeão do continente.

Apesar de uma campanha de encher os olhos de qualquer torcedor – os 72% de aproveitamento de pontos é melhor do que qualquer outra campanha do clube em Libertadores e a média de 2,3 gols por jogo também é a maior da história no torneio – a postura ofensiva e de qualidade terá de ser complementada pela força física e raça, condições fundamentais neste tipo de competição.

O Mister Libertadores, Luizão, que conquistou a competição em 98 pelo Vasco e já marcou 27 gols nas cinco edições que disputou – é o artilheiro brasileiro e o oitavo maior da Copa – ressalta esta necessidade.

“Para se ganhar a Libertadores não adianta ter um time bom de bola, é necessário algo mais, como raça e determinação. A competição exige e o São Paulo está na final porque sabe jogar assim”, diz o centroavante, que se despede do Tricolor nesta final sonhando com o título e um possível retorno. “Espero conquistar este título e voltar para disputar o Mundial”, confessa.

A torcida fará sua parte. O Morumbi lotado de são-paulinos servirá de combustível para a equipe impor um ritmo intenso na partida, pressionando o rival de Curitiba. A raça do time – marca registrada na atual temporada – será ainda maior e o fôlego mais uma vez será imprescindível – 11 dos 14 gols nas fases mata-matas foram feitos no segundo tempo.

“Por isso tudo a torcida terá que ter paciência se o gol não sair logo, pois será uma partida muito competitiva e que poderá ser decidida em até 120 minutos”, avisa Josué, lembrando sobre uma possível prorrogação em caso de novo empate.

Esta é a quinta vez que o São Paulo chega à final da Libertadores em 10 edições disputadas. O tricampeonato da América é antigo sonho do clube, que ficou 10 anos sem participar deste torneio.

Amoroso, que em quatro jogos pode entrar para a história do São Paulo, não quer deixar esta chance escapar e avisa que até na defesa estará ajudando quando for necessário.

“Eles têm na jogada aérea o ponto forte e estarei sempre em nossa área para tirar as bolas”, afirma o atacante, não esquecendo sua principal função. “Acredito que pelas dimensões do Morumbi as chances de gol serão maiores e estou pronto para quando elas aparecerem”.

Lugano diz que precisa retribuir o carinho que recebe da torcida com o título. “Mesmo que ganhemos a Libertadores não conseguirei retribuir 10% do que a torcida fez por mim. Ela precisa disso”, diz o uruguaio, dono da camisa 5, a mais vendida pelo clube.

Júnior também será fundamental no jogo, assim como Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo, Souza e tantos outros. Mas terá papel diferente na decisão, já que foi escolhido pelo técnico Paulo Autuori como seu porta-voz em campo. “Já disputei três finais e no que ele precisar neste sentindo, poderá contar comigo”, diz.

O treinador, outro campeão do continente, pelo Cruzeiro, em 1997, talvez seja o principal responsável por este crescimento da equipe. Sabe que a torcida está eufórica em todo o Brasil o que não o preocupa.

“É normal, num momento como este, o torcedor ficar empolgado. Mas os jogadores sabem como agir dentro e fora de campo e confio muito na personalidade e características desta equipe”, afirma Autuori, que confirmou a mesma equipe que iniciou a primeira partida final, com três zagueiros.

O capitão e artilheiro do time na Libertadores 2005, Rogério Ceni (cinco gols), pela primeira vez admite ser o jogo mais importante de sua vida. “Nunca disse antes, mas agora não posso fugir disso. É o momento e a partida mais importante da minha carreira e eu, o clube e principalmente a torcida, precisamos disso”, completa.

SÃO PAULO x ATLÉTICO-PR

Data: 14/07/2005 (quinta-feira)

Local: estádio do Morumbi, em São Paulo

Horário: 21h45

Árbitro: Horacio Elizondo (Argentina)

Auxiliares: Rodolfo Otero e Juan Carlos Rebollo (Argentina)

Transmissão: Rede Globo

São Paulo

Rogério Ceni; Fabão, Diego Lugano e Alex; Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Amoroso e Luizão

Técnico: Paulo Autuori

Atlético-PR

Diego; Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão; Cocito, Alan Bahia, Fabrício e Fernandinho (Evandro); Lima e Aloísio

Técnico: Antônio Lopes

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