Em Porto Alegre (RS), mais precisamente no estádio Beira Rio, do Internacional, o São Paulo inicia a partir das 21h45 a batalha final da Copa Libertadores da América 2005, contra o Atlético Paranaense, numa final inédita, que pela primeira vez confronta dois times do mesmo país.
Além de colocar dois brasileiros frente a frente na decisão, a Libertadores 2005 pode colocar o São Paulo como o maior vencedor brasileiro da competição, já que as conquistas de 1992 e 1993 o deixam empatado com Santos (62 e 63), Cruzeiro (76 e 97) e Grêmio (83 e 95), também bicampeões.
O técnico Paulo Autuori, campeão do continente com o Cruzeiro em 1997, não se apega ao passado. Ele quer um time atuando como nos últimos mata-matas, com atitude e competitividade, como fez principalmente nas casas do Palmeiras e River Plate. E acredita num bom jogo.
“Nesta hora temos que continuar fazendo as mesmas coisas que nos trouxeram até aqui. Não há motivos para mudarmos nossa rotina”, afirma o técnico que comemora o retorno de Cicinho.
“Todos sabem da importância dele para o time, e hoje até para a seleção. Além disso ganho opção para o banco e também de esquemas táticos, pois o Souza, o Alex e o Renan são titulares também”, diz.
Para o primeiro confronto contra os paranaenses, a equipe deverá ser formada com três zagueiros. Assim, Alex fica no time e Souza vira arma para o decorrer da decisão.
O Mister Libertadores, Luizão, outro campeão – em 98, pelo Vasco – não fez gol nas semifinais. Supersticioso, acredita que o caminho está bem traçado, mas garante que o time só chegará ao título com muito sacrifício.
“Assim como em 98 eliminei o River nas semifinais sem fazer gol. Depois marquei nas finais. Acredito em coincidências, mas sei que isso não ganha jogo e só sairemos dessa com o título com muita raça. Libertodores se ganha assim”, ressalta.
Em mata-matas, pela Libertadores, o São Paulo tem 100% de aproveitamento quando enfrentou rivais brasileiros. Já eliminou Criciúma (92), Flamengo (93) e o Palmeiras (em 94 e 2005). Foram cinco vitórias e três empates. Os números, porém, não iludem os são-paulinos.
“Futebol se ganha em campo e disputaremos esta final focados apenas nisso, em superar o adversário nas duas partidas que decidem o título”, avisa o técnico Autuori.
Nesta partida o único desfalque fica por conta de Grafite, que recupera-se de lesão no joelho. Cicinho, campeão da Copa das Confederações com a Seleção Brasileira, Diego Tardelli, Edcarlos e Fábio Santos, que conquistaram o terceiro lugar no Mundial Sub-20, voltam após sete partidas fora
ATLÉTICO-PR x SÃO PAULO
Data: 06/07/2005 (quarta-feira)
Local: estádio do Beira-Rio, em Porto Alegre
Horário: 21h45
Árbitro: Jorge Larrionda (Uruguai)
Auxiliares: Fernando Cresci e Walter Rial (Uruguai)
Atlético-PR
Diego; Jancarlos, Danilo, Durval e Marcão; Cocito, Alan Bahia, Fabrício e Fernandinho; Lima e Aloísio (Evandro)
Técnico: Antônio Lopes
São Paulo
Rogério Ceni; Fabão, Diego Lugano e Alex (Souza); Cicinho, Mineiro, Josué, Danilo e Júnior; Amoroso e Luizão
Técnico: Paulo Autuori