Pronto para enfrentar diversas adversidades, pressão da torcida, e, principalmente, o bom e rápido time do Tigres, o São Paulo, único invicto da edição atual, enfrenta o time mexicano na cidade de Monterrey com vantagem de quatro gols para chegar as semifinais pela quinta vez consecutiva da Libertadores – como em 1992, 93, 94 e 2004.
Para transformar a boa vantagem obtida no Morumbi em classificação, o time são-paulino atuará com uma formação mais compacta, apostando nos contra golpes e na marcação sobre pressão no campo do adversário.
É assim que o técnico Paulo Autuori deseja. “Eles vão impor muita pressão, então faremos uma marcação no campo deles, dificultando a saída de bola”, explica.
Para conseguir impor esta pressão, Renan ganhará novamente uma vaga na equipe titular, assim como em todos os jogos do mata-mata da Libertadores, deixando Josué e Mineiro mais soltos para marcar a frente.
Fabão, que hoje completa 29 anos, retorna ao time, compondo o setor com Lugano e Alex. Nas alas, Michel faz sua estréia pelo São Paulo na Libertadores e Júnior terá papel fundamental.
“Nossas saídas pelas laterais do campo tem de ser com rapidez”, diz Autuori, que dará mais liberdade a Danilo para encostar com Luizão. Roger deverá ficar como opção para o decorrer do jogo.
O capitão Rogério Ceni, que vive momento especial, é um dos principias trunfos da equipe. Em sua melhor temporada como artilheiro (já marcou 12 gols, sendo quatro na Libertadores, cinco nos últimos quatro jogos e três no goleiro Campagnuolo), acredita no equilíbrio do time para obter a vaga.
“Essa equipe de hoje é uma das mais equilibradas das que já atuei, principalmente no setor do meio-campo, com Mineiro e Josué e acredito muito nessa vaga”, diz, reconhecendo. “O título ainda está muito longe e precisamos dar mais este passo”.
Luizão, com 27 gols na historia do torneio, quatro na edição atual, não se importa em manter a invencibilidade. Para ele, o importante é sair do México com a classificação e para isso exige respeito com os adversários.
“Temos um grande adversário pela frente e respeitamos muito esta equipe. Mas precisamos impor nosso ritmo para chegarmos a nossa meta, independentemente do resultado”, diz.
O São Paulo nunca perdeu por quatro gols na Libertadores e sob o comando de Paulo Autuori teve sua defesa pouco vazada. Em nove jogos, a equipe sofreu apenas sete gols, com média inferior a um gol por partida.
TIGRES x SÃO PAULO
Data: 15/06/2005 (quarta-feira)
Local: estádio Universitário, Monterrey
Horário: 22 horas (Brasília)
Árbitro: Héctor Baldassi (Argentina)
Auxiliares: Sergio Cagni e Juan Carlos Rebollo (Argentina)
Transmissão: Sportv
Tigres
Campagnuolo; Mario Ruiz, Luis Alvarez, Balderas e Morales; Sancho, Irênio, Gaitán e Saavedra; Cabañas e Aldo de Nigris
Técnico: Leonardo Alvarez
São Paulo
Rogério Ceni; Fabão, Diego Lugano e Alex; Michel, Renan, Mineiro, Josué e Júnior; Danilo e Luizão
Técnico: Paulo Autuori