Carlos Alberto Parreira prevê um grande jogo nesta quarta-feira, às 21h45, no Estádio Monumental de Nuñez. O treinador do Brasil diz que o jogo desta noite em Buenos Aires será o confronto de duas seleções que reúnem os maiores jogadores do mundo. Duas equipes que detêm sete títulos mundiais, com o pentacampeonato do Brasil e duas conquistas da Argentina, e que acima de tudo se respeitam quando se enfrentam.
– Pela qualidadee dos jogadores que estarão em campo, Brasil e Argentina têm tudo para fazer um grande espetáculo de futebol. São duas grandes seleções – diz.
O técnico da Seleção Brasileira está convencido de que haverá uma bela exibição de futebol e reafirmou a disposição ofensiva da Seleção Brasileira, com seu esquema tático que se mostrou bem-sucedido diante do Paraguai. Ele espera do adversário a mesma inciativa de ataque, sem perder de vista que tanto Brasil quanto Argentina tomarão suas precauções quando estiverem sem a bola.
– Não podemos nos iludir. A Argentina é forte no ataque, mas também sabe se defender com eficiência. Quando perde a bola, passa a se defender com sete ou oito jogadores atrás da linha da bola. Vamos encontrar muitas dificuldades – diz.
Parreira acha desnecessário repetir que Brasil e Argentina cultivam uma grande rivalidade. Quando entram em campo buscam a vitória com técnica e igualmente com disposição – são, portanto, rivais históricos que fazem um confronto marcado pelo equilíbrio.
– Claro que Brasi e Argentina toda vez que se enfrentam vão sempre buscar o resultado com todas as suas forças. Nunca foi e será um jogo fácil para nenhuma das duas seleções. Apenas, lembro que, pela sua competência, Brasil e Argentina entarão em campo virtualmente classificados para 2006. O que eu quero dizer é que esse jogo não vale a vaga para a Copa do Mundo de 2006 – diz.
Até mesmo a liderança das Eliminatórias – a Argentina tem 28 pontos ganhos, um a mais do que o Brasil -, em caso de um vencedor, não estará assegurada até o final da competição.
– Quem vencer, logicamente, dará um passo importante para terminar as Eliminatórias em primeiro lugar. Ainda assim, isso só será concretizado depois das três últimas rodadas – no caso do Brasil, a equipe jogará conta Chile (em casa), Bolívia (fora) e Venezuela (casa).
Respeito entre jogadores afasta possibilidade de jogo violento
Rivalidade acirrada, fanatismo dos torcedores, os ingredientes para um jogo que pode passar a ser violento são rejeitados pelos jogadores da Seleção Brasileira. Pelo simples motivo de que os adversários do Monumental de Nuñez, em sua maoria, jogaram juntos na Europa ou se enfrentam pelos campeonatos nacionais.
– Nos conhecemos e nos respeitamos. Além disso, todos são profissionais vencedores, que gostam de entrar em campo só para jogar futebol – diz Emerson.
Seleção treina no Monumental de Nuñez
A Seleção Brasileira realizou na tarde desta terça-feira o treinamento de reconhecimento do gramado do Monumental de Nuñez. Carlos Alberto Parreira tem o time escalado para enfrentar a Argentina: Dida, Cafu, Juan, Roque Júnior e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Robinho e Adriano.
