Parreira arma Seleção Brasileira mais ofensiva dos últimos anos

Treinador tetracampeão do mundo, consagrado ao construir uma carreira vitoriosa, Carlos Alberto Parreira foi, equivocadamente, criticado por ter montado uma equipe defensiva na campanha que terminou com o título da Copa de 1994 nos Estados Unidos. Onze anos depois, o treinador está tendo a oportunidade, pelas características dos jogadores que tem à disposição, de armar […]
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sambafoot_admin
Publicado em 10/06/2005 às 07h57

Treinador tetracampeão do mundo, consagrado ao construir uma carreira vitoriosa, Carlos Alberto Parreira foi, equivocadamente, criticado por ter montado uma equipe defensiva na campanha que terminou com o título da Copa de 1994 nos Estados Unidos. Onze anos depois, o treinador está tendo a oportunidade, pelas características dos jogadores que tem à disposição, de armar a Seleção Brasileira mais ofensiva dos últimos anos.

No esquema tático que usou pela primeira vez contra o Uruguai, Parreira escala dois laterais que apóiam o ataque o tempo todo (Cafu e Roberto Carlos). O meio-campo começa com dois jogadores com características de marcação (Emerson e Zé Roberto, este tendo ainda liberdade para as ações de ataque), dois meias ofensivos (Kaká e Ronaldinho Gaúcho) e dois atacantes na frente (no caso do jogo contra o Paraguai, Robinho e Adriano). Essa formação dá ao treinador uma certeza.

– Não existe uma equipe no mundo com tantos jogadores com tamanha vocação ofensiva como a Seleção Brasileira – diz.

Bem-sucedida na goleada sobre os paraguaios, a escalação da Seleção Brasileira será mantida na quarta-feira contra a Argentina, com a volta de Cafu, que estava suspenso, no lugar de Belletti, e a entrada de Juan na vaga de Lúcio, expulso. Assim, a Seleção jogará com Dida, Cafu, Juan, Roque Júnior e Roberto Carlos; Emerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Robinho e Adriano.

Essa formação tática será usada não só contra a Argentina como na Copa das Confederações e no restante das Eliminatórias. Podendo chegar até a Copa do Mundo de 2006. Vai depender, segundo Parreira, da vontade dos jogadores.

– Já disse aos jogadores que eles é que vão ter que fazer eu manter esse esquema.

O treinador se refere à necessidade de os jogadores, principalmente o quarteto ofensivo, participarem da ajuda na marcação, quando a Seleção Brasileira perder a posse da bola. Parreira não se cansa de reafirmar essa orientação.

– Digo a eles que, se deixarem somente o Emerson e o Zé Roberto correndo no meio-campo, vamos ter muitos problemas nos jogos.

No jogo contra o Paraguai, essa participação dos jogadores no combate pela bola já aconteceu, em parte. Pode e deve melhorar com a seqüência dos jogos.

– Não é de uma dia para o outro, com poucos treinos, que jogadores de estilo tão ofensivo como Robinho, Ronaldinho e Kaká vão passar a ajudar na marcação como deve ser. Não é defender, mas ocupar os espaços, para quando, recuperada a bola, poderem decidir com o seu talento.

Quando isso acontecer na plenitude na Seleção Brasileira, a equipe terá atingido o ponto que Parreira considera fundamental para que se chegue às vitórias e às conquistas de títulos: o equilíbrio.

– Por isso não acredito em time só ofensivo ou só defensivo. O time ideal, vencedor, é aquele que consegue atacar e defender com a mesma eficiência.

Caso consiga esse tão desejado equilíbrio na Seleção Brasileira, Parreira prevê uma grande campanha na Copa do Mundo de 2006.

– Pelos jogadores que tem, pela capacidade técnica da equipe, o Brasil chegará ainda com mais força de ataque na Copa da Alemanha.

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