Uma despedida à altura da trajetória de Romário

Romário nunca jogou em um clube paulista e participou de poucas partidas no Pacaembu. Mas o atacante garante que a despedida que fará da Seleção Brasileira nesta quarta-feira no amistoso contra a Guatemala, no Estádio Municipal de São Paulo, será um momento emocionante na sua carreira. Também de muito orgulho. – O Romário que vai […]
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sambafoot_admin
Publicado em 27/04/2005 às 10h46

Romário nunca jogou em um clube paulista e participou de poucas partidas no Pacaembu. Mas o atacante garante que a despedida que fará da Seleção Brasileira nesta quarta-feira no amistoso contra a Guatemala, no Estádio Municipal de São Paulo, será um momento emocionante na sua carreira. Também de muito orgulho.

– O Romário que vai se despedir no Pacaembu não é o jogador que o torcedor carioca ou paulista admiram pelo que ele fez no futebol. Quem vai se despedir é o Romário da Seleção, de todos os torcedores brasileiros. Estou feliz e certo de que esse jogo do Pacaembu estará à altura de tudo o que fiz na carreira.

Ainda que pouco afeito a estatísticas, Romário lembrou que seu último gol pela Seleção Brasileira aconteceu em São Paulo. Foi no dia 25 de abril de 2001, em jogo das Eliminatórias contra o Peru, no Morumbi. Houve empate em 1 a 1 e Romário fez o primeiro gol da partida.

– Realmente, essa é uma coincidência, e espero repetir na quarta-feira contra a Guatemala. Não posso me despedir da Seleção sem fazer gols, espero marcar um ou dois na quarta-feira.

Desde o primeiro que marcou no dia 23 de abril de 1987, em amistoso contra a Finlândia, até este último contra o Peru, foram 70, contabilizadas 73 partidas pela Seleção principal e 11 pela Olímpica.

Romário, que ainda não sabe ao certo como vai reagir no jogo de quarta-feira, lembra-se muito bem do que sentiu ao ser convocado pela primeira vez para a Seleção Brasileira, há 18 anos.

– Estava na concentração do Vasco e, se não me engano, fui convocado porque alguém se machucou. Meus pais fizeram festa o dia inteiro.

Do primeiro jogo em que vestiu a camisa da Seleção, também não esquece.

– Sei que entrei no lugar do Mirandinha. Foi contra o Eire.

O último jogo, que acontecerá amanhã contra a Guatemala, será talvez o mais importante.

– Sempre tive a alegria de jogar pela Seleção Brasileira. Porque cada vez que entrava em campo, sabia que estava vestindo a camisa mais famosa do mundo. Contra a Guatemala, não vai ser diferente, até porque vai ser a minha despedida. Sinceramente, não sei como vou reagir, só sei que não vou conseguir evitar o choro.

A homenagem que vai receber quarta-feira aumentou em importância, segundo Romário, por ele se sentir o representante de uma geração vencedora, a do tetracampeonato. O atacante reconheceu que ficou surpreso com a despedida preparada pela CBF.

– Nào estava esperando. Por isso quero agradecer ao presidente Ricardo Teixeira, ao Parreira, ao Zagallo e ao Rodrigo Paiva (assessor de imprensa da CBF) pela lembrança. Ainda mais porque estarei representando a geração do tetracampeonato.

Treinamento pela manhã no CT do São Paulo

Como faz parte da sua rotina de preparação, Romário fez nesta terça-feira pela manhã um trabalho de reforço muscular no Centro de Treinamento do São Paulo.

– Faço esse trabaho uma ou duas vezes por semana. Queria aproveitar para agradecer ao presidente do São Paulo, que abriu as portas do clube para mim – disse Romário, que se mostrou bem impressionado com a excelentes condições de estrutura do CT do clube paulista.

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