O último jogo da Seleção Brasileira no Pacaembu

No amistoso desta quarta-feira contra a Guatemala, a Seleção Brasileira volta 37 anos depois ao Pacaembu, em São Paulo. No dia 9 de junho de 1968, o Brasil jogou no estádio municipal de São Paulo contra o Uruguai. O amistoso marcou a despedida de Djalma Santos, o lateral-direito bicampeão mundial que entrou para a história […]
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sambafoot_admin
Publicado em 25/04/2005 às 10h56

No amistoso desta quarta-feira contra a Guatemala, a Seleção Brasileira volta 37 anos depois ao Pacaembu, em São Paulo. No dia 9 de junho de 1968, o Brasil jogou no estádio municipal de São Paulo contra o Uruguai. O amistoso marcou a despedida de Djalma Santos, o lateral-direito bicampeão mundial que entrou para a história como um dos maiores da posição no mundo, e o surgimento do então promessa de craque do Corinthians, Rivellino, que acabou tricampeão mundial dois anos depois no México.

Djalma Santos

O jogo contra o Uruguai foi o 111º de Djalma Santos com a camisa da Seleção Brasileira – ele é o sétimo na lista dos jogadores que mais atuaram pelo Brasil, atrás de Cafu, Roberto Carlos, Taffarel, Rivelino, Dunga e Pelé. Ele estreou no dia 10 de abril de 1952 em um empate em 0 a 0 com o Peru e participou das Copas do Mundo de 1954, 1958, 1962 e 1966.

No Mundial de 1958, era reserva de De Sordi, que se contundiu e não pôde participar do jogo decisivo contra a Suécia. Djalma Santos entrou e foi considerado o melhor lateral-direito da Copa. Quatro anos depois, foi bicampeão na Copa do Mundo do Chile, exibindo o estilo elegante e técnico que o tornou um craque na posição.

Djalma Santos nasceu em 27 de fevereiro de 1929, jogou na Portuguesa de Desportos, Palmeiras e Atlético Paranaense. Pela Seleção Brasileira, foram 111 jogos, com 79 vitórias, 16 empates e 16 derrotas. Marcou três gols.

Rivellino

Roberto Rivellino foi igualmente um craque na sua posição, um dos melhores que o futebol brasileiro conheceu. Atuou em 120 jogos pela Seleção Brasileira e marcou 40 gols, sendo o sétimo goleador de uma lista encabeçada por Pelé (114 jogos e 95 gols). O jogador foi um dos destaques na conquista do tricampeonato mundial no México, autor de três gols, improvisado por Zagallo na ponta-esquerda.

A estréia de Rivellino no amistoso de 1968 contra o Uruguai foi a oficial do jogador pela Seleção Brasileira. Ele tinha participado de dois jogos pelo Brasil: no dia 16 de novembro de 1965, em amistoso em que a Seleção Brasileira, representada pelo time do Corinthians, foi derrotada pelo Arsenal por 2 a 0, no Estádio Highbury Park, em Londres, com a seguinte escalação: Marcial, Galhardo (Jair Marinho), Eduardo, Clóvis e Édson; Dino Sani e Rivellino; Marcos, Flávio, Ney Oliveira e Geraldo José (Gílson Porto).

Ainda em 1965, no dia 21 de novembro, Rivellino entrou em campo substituindo o meia Nair na vitória de 5 a 3 no amistoso contra a Hungria, no Pacaembu, em que o Brasil foi representado por uma seleção paulista. O time atuou com Félix (Portuguesa de Desportos), Carlos Alberto (Santos), Djalma Dias (Palmeiras), Procópio (Palmeiras) e Edílson (Portuguesa de Desportos), depois Geraldino (Santos); Lima (Santos) e Nair (Portuguesa de Desportos); depois Rivellino (Corinthians); Marcos (Corinthians), Servílio (Palmeiras), Prado (São Paulo), depois Coutinho (Santos) e Abel (Santos). O técnico foi Aymoré Moreyra, o público pagante, de 25 mil, e os gols do Brasil foram marcados por Servílio (dois), Lima, Abel e Nair.

Neste mesmo dia (21/11/1965), o jogo considerado oficial da Seleção Brasileira foi realizado no Maracanã, em amistoso que terminou 2 a 2 contra a Rússia, com 113.248 pagantes. O técnico foi Vicente Feola e os gols do Brasil foram marcados por Pelé e Gérson.

Rivellino, que nasceu em 1 de janeiro de 1946, se despediu da Seleção Brasileira no último jogo da Copa do Mundo de 1978, em 24 de junho, na vitória sobre a Itália por 2 a 1 que deu ao Brasil a terceira colocação no Mundial da Argentina.

A ficha do último jogo da Seleção Brasileira no Pacaembu

Brasil 2 x 0 Uruguai

Data: 9 de junho de 1968

Amistoso

Árbitro: Romualdo Arpi Filho

Gols: Tostão, aos 10 minutos, e Sadi, aos 15 minutos do segundo tempo.

Brasil: Cláudio, Djalma Santos (Carlos Alberto Torres), Jurandir, Joel e Sadi; Wilson Piazza e Rivellino; Paulo Borges (Natal), César, Tostão e Edu.

Técnico: Aymoré Moreira.

Uruguai:Mazurkiewicz, Julio, Montero Castillo, Mendez e Mujica; Del Rio e Pedro Rocha; Zubia, Virgilio, Ibanez (Esparrago) e Morales.

Técnico: Carlos Corazzo.

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