A Copa do Brasil 2005, que nas próximas quarta e quinta-feiras entra nas oitavas-de-final, foi criada em 1989, na administração do presidente Ricardo Teixeira. Alvo de duras críticas na época, a Copa do Brasil chega à sua 17ª versão cercada de sucesso e de interesse de público, tendo atendido o seu principal objetivo: dar ao futebol uma maior abrangência no país, ser uma competição que atingisse todos os estados brasileiros. O presidente Ricardo Teixeira fala da sua satisfação pelo acerto de uma das suas primeiras medidas ao assumir o comando da CBF.
– A Copa do Brasil permitiu que a interiorização do futebol acontecesse de fato. Isso hoje é uma realidade e um dos motivos para que se tornasse bem-sucedida. Além de ser o caminho mais rápido para um clube chegar à Taça Libertadores da América – diz.
O presidente da CBF, atendendo a uma solicitação das diretorias dos próprios clubes que ficaram de fora da Copa do Brasil deste ano – Santos, Atlético Paranaense, São Paulo, Palmeiras e Santo André – pretende fazer no próximo ano um ajuste para que a competiçao se torne ainda mais atraente: a participação dos clubes que disputam também a Taça Libertadores da América.
– Os presidentes desses clubes reclamam muito, queriam estar participando da Libertadores e também da Copa do Brasil. Até porque seria uma segunda chance de voltar à Libertadores da América – explica Ricardo Teixeira, completando.
– Já pedi ao Departamento Técnico da CBF um estudo para que possa ser viabilizada a participação na Copa do Brasil de 2006 dos clubes que se encontrarem nessa situação, classificados para a Libertadores, terminada a temporada de 2005.
Ao classificar o clube campeão para a Taça Libertadores da América, a Copa do Brasil ratifica ainda o aspecto positivo da inteorização do futebol. Ela possibilita que clubes não considerados de grande investimento participem da competição, como foi o caso do Santo André, campeão da Copa do Brasil em 2004.
Nas suas 16 edições, que teve o Grêmio como o primeiro vencedor, em 1989, a Copa do Brasil teve os seguintes campeões: Grêmio (1989, 1994, 1997 e 2001), Cruzeiro (1993, 1996, 2000 e 2003), Corinthians (1995 e 2002), Flamengo (1990), Criciúma (1991), Internacional (1992), Palmeiras (1998), Juventude (1999) e Santo André (2004).