A Seleção Brasileira está pronta e escalada para enfentar a Seleção Peruana neste domingo, às 16 horas, no Estádio Serra Dourada, em Goiânia. O treinador Carlos Alberto Parreira, na preleção que fez após o jantar de sábado, no Castro’s Hotel, informou as jogadores o time que vai enfrentar os peruanos, ainda que vá divulgá-lo oficialmente momentos antes do jogo.
Parreira preferiu dar ênfase à importância da partida de hoje contra o Peru, como também à de quarta-feira contra o Uruguai, em Montevidéu, nesta fase que ele considera decisiva na trajetória da Seleção Brasileira rumo à classificação para a Copa do Mundo de 2006 (faltam sete jogos para terminar as Eliminatórias). O técnico foi incisivo com os jogadores.
– Gente, estamos a sete jogos da Copa do Mundo. E se vencermos esses dois jogos contra Peru e Uruguai daremos um passo gigantesco para a classificação. Então chegou o momento de dar algo mais, combinarmos a técnica incomparável que o jogador brasileiro possui com determinação para conseguir esses resultados – lembrou o treinador.
O treinador citou os exemplos de Copas do Mundo passadas, em que a Seleção Brasileira sofreu terrível pressão até chegar ao título. Uma experiência que não gostaria de ver repetida na Alemanha em 2006.
– Em 1970, foi uma pressão danada, o Zagallo assumiu a Seleção com muitos problemas. Em 1994, enfrentamos uma pressão mais terrível ainda, foi um massacre, as críticas vinham de todo o lado. No pentacampeoanto, de 2002, a mesma coisa, as cobranças eram exageradas até o Brasil se classificar. Chegou a hora de acabar com isso, vamos chegar jogando bem até a Copa do Mundo de 2006.
Parreira aproveitou ainda para exortar o talento e a qualidade dos jogadores presentes na sala de reuniões do Castro’s Hotel.
– O melhor do futebol no mundo inteiro está aqui, representado por vocês. Qualidade técnica aqui sobra, o jogador brasileiro é incomparável, então por que jogar sob pressão? Vamos chegar na Copa credenciados ao título, como na maioria das vezes somos, e fazer isso prevalecer – disse Parreira.
Na preleção, todos os detalhes foram abordados
A preleção realizada no sábado à noite começou com uma exposição do supervisor Americo Faria sobre os critérios de aplicação de cartões amarelos – a Seleção tem seis jogadores pendurados. Através de impressos, o supervisor mostrou aos jogadores diversas situações em que há punição com cartão amarelo: na comemoração de gol, jogadores tirando a camisa, atirando a camisa ao chão, encobrindo o rosto com a camisa, entre outras situações.
Americo Faria alertou ainda os jogadores para a impossibilidade de usarem jóias, como anéis, brincos, pulseiras, o que é passível de advertência com o cartão amarelo.
Carlos Alberto Parreira abordou situações de jogo criadas pela Seleção Peruana em uma partida em que derrotou o Uruguai por 3 a 1, em Montevidéu, através de fotografias ampliadas. Os jogadores assistiram ainda a 12 minutos dos principais lances ofensivos e defensivos do adversário neste jogo. Nada escapou ao treinador. Os jogadores saíram da reunião informados sobre tudo o que a Seleção Peruana pode apresentar hoje no Serra Dourada.