A derrota de 2 a 0 para o Corinthians deixou marcas profundas no Boca Juniors. Hexacampeões da competição continental, os xeneizes não perderam apenas a oportunidade de igualar o rival Independiente com sete títulos. O clube mais popular da Argentina acaba de perder seu capitão e um dos maiores jogadores de sua história: o meia Juan Román Riquelme.
Aos 34 anos, El Diez confirmou ao diário Olé o que o SAMBAFOOT havia adiantado no dia 26 de junho. Ele não seguirá jogando pelo Boca, e o futuro é incerto.
– Não vou continuar. Me sinto vazio, não tenho nada. Não posso jogar só a metade do que sei. Amo esse clube e estou agradecido – limitou-se a dizer de maneira emocionada, ainda no Pacaembu.
Caso de amor
Cria das categorias de base e torcedor declarado do Boca, Riquelme viveu uma relação única com o clube. Após jogar em La Bombonera entre 1996 e 2002, o jogador se despediu com três campeonatos nacionais (dois Aperturas e um Clausura), duas Libertadores e um Mundial de Clubes. O destino era o poderoso Barcelona (ESP), que havia comprado seu passe por 11 milhões de euros.
Mas a passagem pelo clube catalão durou apenas uma temporada apagada, em que Riquelme pouco foi a campo. Ele foi emprestado ao Villarreal (ESP), onde conquistou duas vezes a Copa Intertoto ao longo de uma trajetória de cinco temporadas, antes de ir embora devido ao mau relacionamento com o então técnico Manuel Pellegrini.
E o destino foi escolhido, sem dúvida alguma, com o coração. Román, como é conhecido na Argentina, retornava ao Boca Juniors em 2007. Desde então, mais uma Copa Libertadores (com direito a vitória sobre o Grêmio na final) e dois Aperturas completariam o legado do jogador, que se despede de maneira triste nesta quarta-feira, mas cheio de memórias felizes. Foram 304 partidas e 57 gols marcados ao longo de 13 anos de dedicação como profissional, e outros 21 como torcedor.
Um possível destino do jogador seria o Shanghai Shenhua, da China, que recentemente comprou o passe do atacante marfinense Didier Drogba, ex-Chelsea (ING).
