Com a cara do Flamengo: 2 a 2

O Flamengo teve boas doses de organização tática e de talento. Mas reviveu, acima de tudo, a mística, o amor à camisa, a garra. Eram nove jogadores contra 11 do Vasco. E foi o bastante para arrancar o empate em 2 a 2. Não fossem grosseiros erros da arbitragem, a noite heróica terminaria em vitória. […]
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sambafoot_admin
Publicado em 21/03/2005 às 16h21

O Flamengo teve boas doses de organização tática e de talento. Mas reviveu, acima de tudo, a mística, o amor à camisa, a garra. Eram nove jogadores contra 11 do Vasco. E foi o bastante para arrancar o empate em 2 a 2. Não fossem grosseiros erros da arbitragem, a noite heróica terminaria em vitória.

A pressão inicial foi do Vasco, mas não demorou muito para o Flamengo assumir o controle do jogo. O esquema tático de Cuca era cumprido à risca por um time que parecia não sentir desfalques. Renato estava fora. Dimba, com febre, foi uma baixa de última hora.

Aos 14 minutos, o destaque rubro-negro se candidatou a herói do jogo. Já tentara um bicicleta e esbarrara em defesa de Cássio. Desta vez, chutou com força, no canto esquerdo. Flamengo na frente, delírio na arquibancada.

O segundo gol sairia logo depois. Sairia, não fosse o impressionante erro do juiz Edílson Soares, que marcou um impedimento de André Santos, quando o lateral penetrava na área em direção ao gol.

Perdendo chances no ataque, o Flamengo quase foi castigado em duas jogadas pelo alto do ataque do Vasco. Nas duas, Gomes cabeceou e a bola tocou na trave de Diego. Em uma das boas chances do Flamengo, Geninho tentou o chute colocado e a bola passou rente ao ângulo de Cássio.

O castigo, no entanto, veio no início do segundo tempo, com apenas 18 segundos de bola rolando. Após cruzamento da esquerda, André Santos não conseguiu cortar e Romário empatou. O Flamengo sentiu o golpe e, aos 7 minutos, sofreu outro gol. Após chute cruzado de Claudemir, Alex Dias aproveitou a sobra na área para virar o jogo.

Mantendo uma postura ofensiva mesmo quando estava em vantagem, o Flamengo seguiu atacando. Fellype Gabriel chegou a fazer o gol de empate, mas o árbitro novamente errou, marcando impedimento inexistente. No mesmo lance, Fellype foi agredido pelo goleiro Cássio, que recebeu só cartão amarelo. No entanto, quando Junior Baiano segurou Claudemir, recebeu cartão vermelhor sem sequer ter levado o amarelo.

Com raça, o Flamengo fazia a diferença numérica ser pouco sentida. Coube a Jonatas, aos 31 minutos, fazer o gol de empate. Ele chutou de fora da área e contou com o desvio da zaga do Vasco.

Aos 36, todo o Maracanã achou que, novamente, a vitória se ofereceria ao Vasco. Afinal, tentando interceptar um passe, Adrianinho colocou a mão na bola e também foi expulso. Mas aos nove jogadores que restavam em campo se juntaram os torcedores, a raça, a força da camisa e a organização do time de Cuca. Diego sequer chegou a fazer defesas difíceis dali até o final do jogo. E numa cobrança de falta de Caio, Marcos Denner quase fez o gol que valeria uma vitória histórica.

O Flamengo jogou com Diego, Junior Baiano, Fabiano e André Santos; Ricardo Lopes (China), Júnior, Jônatas e Zinho (Adrianinho); Fellype Gabriel, Marcos Denner e Geninho (Caio).

O Vasco jogou com Cássio, Claudemir, Fabiano, Daniel e Diego (Ricardinho); Gomes (Róbson Luiz), Coutinho (Dominguez) e Rafael; Marco Brito, Alex Dias e Romário.

Pagaram ingresso para ver o jogo 65.054 pessoas.

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