Renato: eleito pela nação

Laços afetivos ligam Renato a São Paulo. Mas não impedem, entretanto, que aos poucos ele comece a adotar o Rio como sua casa. Ou talvez seja ao contrário. Afinal, quem o está adotando é o Rio, mais especificamente a torcida do Flamengo. O meia acaba de ser eleito pelos rubro-negros, através de enquete no site […]
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sambafoot_admin
Publicado em 09/03/2005 às 12h20

Laços afetivos ligam Renato a São Paulo. Mas não impedem, entretanto, que aos poucos ele comece a adotar o Rio como sua casa. Ou talvez seja ao contrário. Afinal, quem o está adotando é o Rio, mais especificamente a torcida do Flamengo. O meia acaba de ser eleito pelos rubro-negros, através de enquete no site oficial do clube, a melhor contratação de 2005.

Bastou a estréia para que Renato iniciasse uma escalada e ultrapassasse seus concorrentes. Acabou a pesquisa com 36% dos votos, mesmo tendo chegado mais tarde ao clube.

De São Paulo, Renato trouxe um gosto muscial eclético, que inclui o samba e o pagode entre suas preferências. No ônibus que levou o time ao estádio Raulino de Oliveira, antes do jogo com o Volta Redonda, batucava no vidro da janele e cantava Fogueira de uma Paixão, samba de Arlindo Cruz, Acyr Marques e Luís Carlos da Vila. Ou seja, nada mais carioca. Após saber da aclamação entre os torcedores, Renato posou com exclusividade para o site oficial do Flamengo no Forte de São João, na Urca, com a praia ao fundo.

– O Rio é demais. Olha a paisagem, a brisa da praia. Já trouxe minha esposa e minha filha de dois anos – diz o jogador, referindo-se à companhia de Karen e Karina, que também já se ambientam ao Rio.

Sobre a eleição, Renato não consegue disfarçar a felicidade. Mas também tenta agir com cautela absoluta.

– É muito bom ser recebido assim pela torcida. Eu tenho autocrítica, posso melhorar, mas sei que fui bem nos primeiros jogos. Só que não adianta nada começar bem, ganhar esta eleição e depois não render mais. No futebol, cada jogo é importante.

Renato enfrentou momentos de vitórias e de pressões no Corinthians, segundo time de maior torcida do país. Agora é a vez do Flamengo. Do ex-clube, trouxe personalidade forte para enfrentar críticas e elogios.

– Corinthians e Flamengo sempre são notícia. Eu me preparo para as horas boas e para as ruins. Sei separar o que é bom e ruim para mim. Estou feliz no Flamengo, não sinto peso de camisa – diz ele, para logo garantir não ter preferência quando o assunto é o número da camisa. – Se for camisa de titular, está bom. Só não fica muito bem se for para jogar de zagueiro.

Domingo, no clássico com o Botafogo, ele sentiu pela primeira vez o peso da torcida do Flamengo a favor.

– É uma energia incrível que eles nos passam. Agradeço pelo apoio no jogo e pelos votos na eleição. Tento ser regular em campo. O que prometo é ser sempre um jogador de raça, que dá tudo em campo.

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