Carlos Alberto Parreira acompanhou nesta quarta-feira, em sua sala na sede da CBF, o jogo entre Barcelona e Chelsea, no Estádio Camp Nou, válido pela Liga de Campeões da Europa. Na terça-feira, Parreira já havia assistido à vitória do Real Madrid por 1 a 0 sobre o Juventus, da Itália.
O treinador da Seleção Brasileira considerou justa a vitória de 2 a 1 do Barcelona, com gols de Maxi Lopes e Eto’o, resultado que na sua opinião premiou a equipe que buscou o ataque durante todo o tempo da partida. A postura tática do Chelsea, ao contrário, foi criticada por Parreira.
– O Chelsea demonstrou uma postura exageradamente defensiva e acabou merecidamente punido com a derrota – disse.
Parreira elogiou a força ofensiva e de conjunto exibida pelo Barcelona e ressaltou a boa fase vivida pelo atacante camaronês Eto’o, autor do gol da vitória. O treinador, ao falar sobre Deco, aproveitou para contar o diálogo que teve com o jogador depois do jogo beneficente que aconteceu no dia 15 de fevereiro entre o time dos Amigos de Ronaldinho Gaúcho e a equipe dos Amigos de Schevchenko.
– Foi uma conversa amistosa, a mesma que tive com vários outros jogadores no vestiário depois daquele jogo. Ao Deco, lembrei que foi uma pena ele não ser ainda conhecido internacionalmente na época que assumi a Seleção e fiz as primeiras convocações, no início de 2003 – disse Parreira.
Parreira não pediu desculpa em momento algum a Deco por não tê-lo convocado, como andou sendo noticiado – nem essa seria a atitude de um treinador consagrado, do nível de quem dirige a melhor seleção do mundo.
Mesmo porque, como diz Parreira, não haveria motivo para desculpa por uma convocação que não poderia ser mais realizada. No dia 29 de março de 2003, o brasileiro naturalizado português Deco participou do amistoso em que Portugal venceu o Brasil por 2 a 1 – Deco, inclusive, marcou o gol da vitória da Seleção Portuguesa. Ainda que quisesse, portanto, Parreira não poderia convocar o jogador.
Na vitória do Real Madrid sobre o Juventus, Parreira destacou a ótima atuação do francês Zidane. Disse também da sua satisfação em ver Roberto Carlos novamente jogar bem, participando decisivamente das jogadas de linha de fundo. Sobre Ronaldo, o treinador lembrou que o atacante foi muito bem marcado.
– Ele sofreu uma marcação rigorosa, assim como o Raúl. Por isso teve muitas dificuldades para jogar.
