Showbol? Com placar incomum, Vasco passa pelo Aurora-BOL: 8×3

O Vasco precisava vencer por 2×0 ou 3 gols de diferença para se classificar à próxima fase da Copa Sul-Americana. Fez muito mais. Em partida de 11 gols, o Gigante da Colina derrotou, nessa quarta-feira, em São Januário, o Aurora-BOL por 8×3. O próximo desafio será contra o Universitário, do Peru. O jogo: Alecsandro perde […]
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sambafoot_admin
Publicado em 27/10/2011 às 07h58

O Vasco precisava vencer por 2×0 ou 3 gols de diferença para se classificar à próxima fase da Copa Sul-Americana. Fez muito mais. Em partida de 11 gols, o Gigante da Colina derrotou, nessa quarta-feira, em São Januário, o Aurora-BOL por 8×3. O próximo desafio será contra o Universitário, do Peru.

O jogo:

Alecsandro perde gol feito e Aurora tem jogador expulso

O Vasco precisava vencer e por 2×0 ou 3 gols de diferença para conseguir a classificação. Diante desta necessidade, Cristóvão escalou Leandro entre os titulares, ao lado de Alecsandro e Bernardo. Allan, cotado para ser titular, ficou no banco. Assim, o time foi para frente logo de início, assistido por um público de quase 9 mil torcedores.

Com Bernardo, o Gigante da Colina saiu na frente. O jovem jogador fez grande jogada individual, driblou dois marcadores e chutou forte, no alto, sem chances de defesa para o goleiro. Era apenas o primeiro de muitos que viriam pela frente.

Apesar dos enfáticos 11 gols deste jogo – recorde da Sul-Americana – dois lances que nada tem a ver com balançar a rede foram decisivos para a construção do placar final. O primeiro foi a oportunidade flagrante desperdiçada por Alecsandro. O camisa 9 foi do céu ao inferno nesta calorosa noite de quarta-feira. Após receber passe de Juninho, o atacante ficou de frente para o gol e não finalizou, despertando a ira dos vascaínos no estádio, que o perseguiram com gritos ofensivos e vaias a cada momento que tocava na bola. No contra-ataque do mesmo lance, para piorar, os bolivianos empataram. Muitos presentes nem viram o empate, pois estavam muito ocupados hostilizando o atleta. O segundo foi a expulsão de Galindo, que deixou os cruzmaltinos com um a mais desde os 35 da 1ª etapa.

3 minutos após a expulsão do jogador do Aurora, o Vasco voltou a ficar na frente. Era o momento em que a sorte de Alecsandro começava a mudar. Ele que tinha perdido uma chance frente a frente com Lanz, havia acertado o travessão e tido um gol (bem) anulado, iniciava a volta por cima dentro do campo. Juninho cobrou falta e o camisa 9 se antecipou bem ao goleiro. Na comemoração, humildade. Diferente de Bernardo que, muito exaltado, xingou a torcida que pegava no pé do companheiro de equipe. Antes do apito do árbitro, o atacante ainda faria outro, também de cabeça: 3×1. O resultado levava para os pênaltis.

2º tempo de 7 gols

O Vasco voltou para o 2º tempo com um objetivo: conquistar a classificação sem precisar das penalidades. Com plenas condições de alcançar essa meta, o Cruzmaltino partiu para cima e conseguiu o 4º gol, que garantia a vaga na próxima fase. Alecsandro deu boa assistência para Leandro, quem marcou.

O 5º veio com o aclamado Juninho Pernambucano, principal estrela do jogo. Fagner sofreu falta na área e o Reizinho chamou a responsabilidade de cobrar. Ouvindo o estádio todo cantar “O Juninho é nosso rei” e a música vascaína em homenagem ao gol de falta no Monumental, o ídolo cobrou no canto direito de Lanz.

Pouco tempo depois, mais emoção viria à partida. Outro pênalti assinalado pelo juiz, mas, dessa vez, a favor dos visistantes. Diomédes Peña convertou. Se os bolivianos marcassem mais um, classificariam-se. O Vasco, então, precisaria voltar a jogar e não se acomodar com a pequena vantagem.

Colocando a bola no chão e aproveitando a superioridade numérica, a diferença entre os dois lados tornou-se mais evidente. Mesmo com um time quase todo reserva, os vascaínos não tiveram problemas para marcar mais 3 outras vezes. Bernardo fez o 1º desses 3, após receber grande passe de Juninho, inspirado em seu retorno à equipe. O zagueiro Douglas, de cabeça, também deixou o seu.

Por fim, após Segovia diminuir o prejuízo, Allan, que havia entrado na etapa final, passou fácil pelo adversário e chutou para fechar o placar: 8×3. Quem foi a São Januário assistiu um confronto facilmente confundido com “showbol”. Pelo resultado, talvez até tenha sido.

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