Noite para esquecer e abdicar da competição, como o próprio Vanderlei Luxemburgo disse que fará. O Flamengo, mesmo com seus principais jogadores, dentro de casa, sofreu uma enfática derrota para a Universidad de Chile: 4×0. O jogo de volta será em Santiago, mas com o resultado de hoje, o time está, praticamente, eliminado.
O jogo:
Universidad de Chile sai na frente e Aírton piora situação sendo expulso
Antes de viajar para o Rio de Janeiro, o treinador de La U disse que seus comandados eram favoritos. Não pareciam ser, pois o Flamengo foi ao campo com seus principais jogadores, como Ronaldinho Gaúcho e Thiago Neves, mas, desde o princípio, os chilenos justificaram a afirmativa do treinador, comportando-se, realmente, como um time superior.
A Universidad de Chile marcava pressão, no campo de ataque, e tinha uma escalação bastante ofensiva. Eduardo Vargas, na ponta direita, destacava-se. Nem o mais fanático dos torcedores rubro-negros deverá ter algum problema em dizer que a derrota, pelo placar dilatado que aconteceu, foi merecida.
Com mais posse de bola e usando-a para criar jogadas de perigo, o gol dos chilenos saiu logo aos 13 minutos de jogo. E com um pouco de sorte, em lance que lembrou a vitória do Flamengo sobre o Fluminense, pelo Campeonato Brasileiro. Rojas chutou forte, a bola bateu na trave, voltou nas costas de Felipe e entrou. Um pouco similar ao gol de Bottinelli naquele clássico. Inclusive, na mesma baliza.
O Flamengo errava muitos passes e o clube do Chile continuava com sua postura agressiva. Aos 15 minutos, 5 finalizações para os visitantes e nenhuma para o time da casa. O bandeira invalidou gol legítimo de Eduardo Vargas, assinalando impedimento.
O que já estava ruim, conforme a expressão facial de Luxemburgo denunciava, ficou ainda pior. Aírton perdeu a cabeça e fez entrada dura. Levantou a chuteira e cravou as travas na canela do jogador adversário. Justamente, foi expulso e acentuou os problemas defensivos da equipe. Piorando, Bottinelli saiu lesionado para entrada de Renato Abreu. Mais um possível desfalque para o jogo do Brasileiro contra o Santos, no qual o Fla já não contará com R10 e Thiago Neves, suspensos.
Ainda mais exposto, o Rubro-Negro sofreria, no final da 1ª etapa, dois outros gols, caracterizando uma goleada ainda nesta metade de jogo. Nas duas vezes quem marcou foi Eduardo Vargas. O mesmo que teve um gol mal anulado anteriormente. No primeiro, Mena ajeitou de cabeça e o ponta direita empurrou, de pé esquerdo, para a rede flamenguista. Já o segundo foi marcado por falha grosseira de Welinton, que – sem Alex Silva – voltou a ter péssima atuação. O zagueiro furou a bola e deixou Vargas cara a cara com Felipe: 3×0.
Vanderlei tira Deivid e lança Maldonado
No segundo tempo, o Flamengo veio com mais uma mudança na equipe. Dessa vez por opção tática. Com a proposta de organizar, primeiramente, a defesa para depois atacar e tentar reduzir o prejuízo, o Rubro-Negro retornou ao gramado com Maldonado, volante, no lugar de Deivid, atacante, o qual errou quase tudo o que tentou e teve, novamente, a torcida pegando no seu pé.
Não deu muito tempo de bola rolando e um jogador da Universidad do Chile foi expulso por agreditor Willians durante uma jogada. Quem indicou o ocorrido ao juiz foi o 4º árbitro, após pressão de Ronaldinho Gaúcho. O cartão vermelho reestabeleceu a igualdade numérica, mas a partida continuo desigual, com domínio de La U.
As oportunidades do Fla foram poucas. David Braz, depois de cobrança de escanteio, cabeceou perto do gol e, também de cabeça, Jael, que entrou no lugar do lateral-direito Galhardo, acertou o travessão. No mais, domínio dos visitantes, que entre esses dois lances de perigo do Flamengo, desperdiçaram um pênalti. Felipe fez linda defesa e evitou que o resultado se ampliasse naquele momento.
No “auge” flamenguista, no momento em que estiveram mais próximos de um gol (exatamente quando acertaram a trave), sofreram fulminante contra-ataque, que terminou com excelente finalização de Lorenzetti, no canto esquerdo do goleiro do Flamengo. Sem chances.
Apático, o Rubro-Negro não conseguia reagir. Seus principais jogadores não brilharam. Ronaldinho passou o jogo apagado, assim como os demais flamenguistas. Do outro lado, La U tocava bem a bola e não se afobava. Saía jogando com tranquilidade e mantinha sempre a posse. No final, só cadenciaram o jogo e esperaram o último apito para finalizar a justa vitória e iniciar as vaias dos torcedores que foram ao Engenhão.
